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ALIANÇA DOS TRABALHADORES
Metroviários se preparam para greve amanhã contra Doria e junto com entregadores de APP
Redação

Às vésperas da paralisação internacional de entregadores de app, os metroviários de SP se preparam para a greve em solidariedade com a categoria. O dia 1° de julho será de luta, uma forte aliança entre entregadores e metroviários.

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A votação de greve dos metroviários contou com mais de 90% dos votos de mais de 2500 trabalhadores - o que só representa a combatividade frente aos ataques e a potencialidade da união das fileiras da classe trabalhadora. Essa é uma resposta contundente e muito importante a um enorme ataque por parte do governo Doria, atacando a assistência à saúde e direitos básicos, em meio à pandemia, justamente daqueles que estão se arriscando na linha de frente, e sofrendo com mortes e centenas de contaminações.

A direção do Metrô de SP anunciou na segunda (22) uma série de ataques ao acordo coletivo dos metroviários depois de não aceitarem adiar as negociações para o final da pandemia. Não negociaram, simplesmente anunciaram os cortes. Entre essas cláusulas, estão o plano de saúde da categoria e o adicional risco de vida, além de benefícios alimentícios, farmácia, auxílio e estabilidade em caso de doença, entre vários outros, com cortes já no pagamento desse mês e descontos retroativos ao mês passado. Mas não para por ai! Foi promulgada a Portaria Conjunta n°18 de 20 de junho de 2020, a qual permite às empresas funcionarem com seus empregados usando apenas máscaras de tecido ao invés das máscaras de segurança tipo N95 ou PFF2 que realmente oferecem proteção eficaz ao vírus. Essa portaria foi elaborada pelos mandatários de Bolsonaro do Ministério da Saúde e da secretaria especial de previdência e trabalho, subordinada ao Ministério da Economia de Guedes. Dória não podia perder essa grande chance de precarizar ainda mais o trabalho! Junto de seu secretário Alexandre Baldy e da direção do Metrô de São Paulo, foi publicada orientações que são verdadeiros ataques à saúde e segurança dos trabalhadores, por exemplo as máscaras de tecido que serão fornecidas como EPI para o COVID-19 - o que, definitivamente, essas máscaras não são.

As trabalhadoras e trabalhadores estão já, por meses, utilizando incorretamente estas máscaras, por total irresponsabilidade da empresa. Justamente durante uma crise sanitária, onde os metroviários estão na linha de frente, trabalhando sob risco durante toda a quarentena mal feita pelo governo de SP. Nessa mesma semana morreu o primeiro metroviário que estava em serviço por covid-19 e atingimos quase 300 afastamentos de metroviários por contaminação ou suspeita e 1,2 milhão de contaminados e 55 mil mortos no país. Nesse contexto crítico o estado reduz a quarentena ao mesmo tempo em que bate o recorde de ocupação de leitos, deixando o metrô mais lotado e, com essa mesma justificativa, convocando criminosamente de volta ao trabalho presencial os idosos afastados.

O governador Doria quer se cacifar na disputa com Bolsonaro pelo apoio da burguesia mostrando que são capazes de arrancar os direitos conquistados pelas setores mais organizados dos trabalhadores, contrapondo-os aos setores mais precarizados e que mais estão sofrendo na pandemia, para dividir nossa classe, e nivelar por baixo as condições de trabalho de todos. Devemos combater isso defendendo o contrário, batalhando pela unidade da classe, dizendo, como na declaração de apoio aos entregadores aprovada há algumas semanas pelo Sindicato dos Metroviários de SP: Somos todos trabalhadores essenciais dos transportes, e os entregadores de aplicativos devem ter todos os mesmos direitos que os metroviários. Por isso é muito valiosa nossa unidade na greve deste dia 1.

A nova situação, após as manifestações antirracistas e antifascistas, que ecoaram a luta que explodiu nos EUA e se espalhou pelo mundo, nos fortalece para essa luta. Podemos ganhar o apoio da população, se mostrarmos que esses ataques não são por queda de arrecadação, estavam planejados há anos, e o Metrô aproveita a pandemia pra atacar os trabalhadores que estão se arriscando na linha de frente, enquanto o governo repassa subsídios para as linhas de metrô privatizadas, mas não para o metrô estatal, cujos diretores, ao mesmo tempo, continuam com seus supersalários.

Para enfrentar esses ataques absurdos, é necessária a maior unidade da nossa categoria e fortalecer a organização de base. Nós da chapa 4 viemos defendendo esse indicativo de greve para o dia 1, junto aos entregadores, e estamos colocando a necessidade do sindicato chamar reuniões nas áreas, podendo ser online, para debater como fortalecer a luta e barrar esse ataque, e eleger representantes para a formação de um comitê dos trabalhadores, para que as propostas de todos os trabalhadores das áreas possam ser debatidas e votadas na assembleia. Um organismo que aproxime a categoria nesse duro enfrentamento que temos. A assembleia online de quarta-feira, mostrou a importância disso, pois ninguém pôde fazer propostas para fortalecer a luta, nem mesmo nós, que somos parte da diretoria, pois o restante da diretoria definiu que só colocariam em votação as propostas que eles estivessem favoráveis. Precisamos de assembleias onde todos possam falar e ter suas propostas apresentadas para votação.

Nossa proposta é para ampliar a participação dos trabalhadores, pois entendemos que o funcionamento atual, que não dá voz aos trabalhadores, diminui a participação, e com isso diminui a força da nossa luta. Justamente agora a tarefa é construir com todas as forças e em unidade uma forte greve ativa para derrotar o governo!
É nessa medida que chamamos todas e todos ao twittaço, às 15h, em apoio à greve dos metroviários e à paralisação, com as seguintes hashtags: #BrequeDosApps, #EuApoioOsMetroviarios e #EntregadoresEMetroviariosUnidos.

Todo apoio à paralisação internacional de entregadores de app! Todo apoio à greve dos metroviários de São Paulo! Uma só classe, uma só luta!

 
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