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Abertura de shoppings no DF provoca disparo de casos de Covid-19
Redação

Três semanas após o comércio do Distrito Federal abrir, os casos de coronavírus aumentam em disparada. Na vigésima quarta semana epidemiológica, sobem em 84%. Enquanto shoppings são abertos, a população pobre se expõe cada vez mais ao vírus, vivendo sob a falta de testes em massa e com a falta rotineira de leitos de UTI.

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De acordo com informações do portal Metrópoles, entre os dias 31 de maio e 6 de junho (semana 23), se contabilizaram, no DF, 46 novas mortes, e sete dias após, a doença fez 85 vítimas, significando um aumento de 84,7%. A partir do dia 25 de maio o comércio foi reaberto, dois dias depois os shoppings também. A reabertura dos shoppings, que não é nenhum tipo de serviço essencial, expôs grandes quantidades de trabalhadores ao vírus, observando que o período de reabertura comercial é próximo daquele em que se verificou aumento no número de casos. Imagina-se que a situação deve ser ainda mais grave, frente a falta de testes massivos.

Tabela de novos óbitos:

No que tange a ocupação dos leitos de UTI, esta chega 70,6%, no Distrito Federal, tomando-se como referência terça-feira, dia 16 de junho. Além disso, 241 unidades da rede pública já está com algum paciente em estado grave, do total de 372 vagas, que significa 64,78%, valor que aponta uma provável saturação do sistema de saúde.

Com o sistema público em caos, é urgente que se exija mais leitos de UTI, respiradores, testes em massa para controle do aumento da doença, EPIs para todos os profissionais da saúde, licenças remuneradas para os trabalhadores doentes e para todos que estão de alguma forma afastados devido consequências da pandemia, e não deixar que as grandes redes de comércio estejam funcionando a fim de normalizar a situação, que aliás de nata tem de essencial.

Com shoppings abertos e um excesso de pessoas em circulação, é provável que esse número de casos atinja enormes setores dos trabalhadores mais pobres, como os terceirizados da limpeza, que precisam tomar ônibus diariamente lotados e expor suas vidas pela ganância de grandes empresas que não aceitam passar 3 meses fechadas, pela justificativa de falência, pois, sendo assim, que o trabalhadores digam ao grandes capitalistas: abram seus livros de contabilidade, vejamos se há falência após temporadas de ganhos recordes a troco de baixíssimos salários!

Nesse marco, é fundamental a exigência da estatização de leitos de UTI sob controle dos trabalhadores da saúde, e que essa política esteja combinada com a reconversão industrial para garantir que todas as demandas da população sejam atendidas. A luta pela licença remunerada e contra a política de demissão em massa também é algo fundamental a ser feito, para que a classe trabalhadora não siga pagando com sua vida para garantir o lucro de grandes empresários.

 
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