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GLOBO
Após invasão e ataque na Globo, Bolsonaro defende hipocritamente a liberdade de imprensa
Redação

O presidente Jair Bolsonaro se manifestou hipocritamente pelo seu Twitter nesta quarta feira (10), após ataque de um homem armado à sede da Globo.

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Em “solidariedade” às jornalistas Renata Vasconcellos e Marina Araújo, que foram alvos de um ataque, na tarde de ontem, na sede da TV Globo, no Rio de Janeiro.

O homem foi preso nesta tarde, após invadir o prédio no bairro do Jardim Botânico e fazer a repórter Marina Araújo refém, exigindo falar com a apresentadora do Jornal Nacional, Renata Vasconcellos.

Sobre o caso, o presidente Bolsonaro, notório defensor da Ditadura Militar brasileira que perseguiu e censurou tudo que é qualquer mídia, principalmente através do Decreto-Lei nº 1.077, de 21 de janeiro de 1970, para instituir a censura prévia com uma equipe de sensores instalados permanentemente na redação dos jornais e das revistas, para decidir o que poderia ou não ser publicado, ou fazendo com que os veículos fossem obrigados a enviar antecipadamente o que pretendiam publicar para a Divisão de Censura do Departamento de Polícia Federal, em Brasília; fez um post no Twitter dessa maneira cínica:

E seguiu sua retórica falsa afirmando no tuíte seguinte:
“ - Presto solidariedade às jornalistas Marina Araújo e Renata Vasconcellos, que foram alvos desse atentado covarde e inaceitável.

  •  Que o caso seja apurado brevemente e o autor punido com o rigor da lei!”

    Também é necessário lembrar os ataques à imprensa que o presidente desferiu no início de maio, quando da porta do Palácio do Planalto foi abordado por jornalistas sobre sua interferência na PF tendo como objetivo proteger seu clã, motivo pelo qual recorreu à intimidação para negar os fatos óbvios. Na ocasião mandou os jornalistas “calarem a boca”, taxou os mesmos de “canalhas” e “patifes”, destilando todo seu autoritarismo em frente às câmeras.

    O presidente também já fez outros pronunciamentos bizarros contra a imprensa, como na última semana onde ao ser questionado sobre o atraso da divulgação dos dados da pandemia pelo Ministério da Saúde, o mesmo afirmou que “acabou matéria para o Jornal Nacional”. Uma afirmação bárbara do presidente que atrasa e tenta ocultar a dados sobre o coronavírus no país e o número de mortos, para de alguma forma atacar a mídia que faz oposição a ele.

    Além disso, Bolsonaro sempre incentivou ao seus apoiadores o ódio violento a mídia. Como aconteceu em um dos atos de extrema direita que seus apoiadores fizeram em Brasília, onde os manifestantes agrediram jornalistas em duas ocasiões; um empurrando de cima de uma escada; outra acertando uma repórter com uma bandeira na cabeça, mostrando o show de horrores dessas manifestações negacionistas

    Mas ao mesmo tempo que Bolsonaro é um hipócrita defendendo a liberdade de imprensa, a mídia burguesa mesmo não é nada neutra e muito menos progressista. O próprio Grupo Globo, que apoiou a ditadura militar, dizendo abertamente em suas páginas que os militares golpistas estavam “atendendo os anseios nacionais de paz, tranquilidade e progresso” em seu editorial de 1 de abril de 1964, e com isso a emissora anunciou sua colaboração por décadas com o regime autoritário responsável pela tortura, censura dos opositores e muita corrupção.

    Esse editorial d’O Globo foi claramente um panfleto anticomunista que sintetizou o papel histórico desta rede no Brasil: apoiar efusivamente o grande capital e seus valores e, obviamente, enriquecer à sombra do poder; daí a família Marinho se orgulhar, até hoje, de que o chefe do clã, Roberto Marinho, tenha sido o civil mais poderoso da ditadura militar.

    E se hoje a emissora se coloca como oposição a Bolsonaro, a verdade é que tem responsabilidade na eleição do ex-capitão justamente por ter apoiado o golpe institucional de 2016, além de andar de mãos dadas com as medidas ultraliberais de Paulo Guedes no ataque aos direitos da classe trabalhadora no país, apoiando as Reformas da Previdência e Trabalhista, juntamente com o Congresso de Rodrigo Maia, o STF e os governadores.

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