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PRIVILÉGIOS
Depois de Bolsonaro quase duplicar gastos com cartão corporativo, TCU abre investigação
Redação

O tribunal de contas da união começa a investigar o aumento de 90% dos gastos em cartão corporativo da Presidência da República, usado para bancar despesas sigilosas do presidente Jair Bolsonaro, que quase dobraram nos quatro primeiros meses de 2020 na comparação com a média dos últimos cinco anos.

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Foto: AFP.

O ministro Vital do Rêgo, em sessão do TCU desta quarta, 10, chegou a citar cinco processos autuados na Corte referentes ao tema, entre eles um elaborado pelo deputado distrital Leandro Grass, outro apresentado pelo subprocurador Lucas Rocha Furtado e também uma representação do senador Fabiano Contarato. Esta última tem como base reportagens do Estadão que mostraram aumento nos gastos vinculados à Presidência nos primeiros meses deste ano.

Segundo levantamento da Secex (Secretaria de Controle Externo) esse tipo de despesa vinha se mantendo num nível de R$ 1,9 milhão nos primeiros quadrimestres desde 2016 quando, no mesmo período de 2020, subiu para 3,76 milhões.

Mesmo Bolsonaro justificando a alta com os custos da operação que resgatou 34 brasileiros em Wuhan, na China, em fevereiro, que teriam lhe custado R$ 739,6 mil, bancados com o cartão corporativo da Presidência, os gastos continuariam 59% acima da média do período, descontado este valor.

Além disso, como já denunciamos aqui, em levantamento inédito conduzido pelo Esquerda Diário no site do governo “Portal Transparência”, a mamata presidencial chegou a R$1.320.761,81 só no mês de junho do ano passado, com o valor total equivalente a R$ 44.025,39 por dia. Mostrando que os gastos absurdos deste governo incluíam até mesmo um jantar de Eduardo Bolsonaro nos EUA, que custou 4 mil reais.

A isto se soma a hipocrisia de Bolsonaro no período das eleições presidenciais do ano passado, quando defendeu a redução do uso destes cartões, além de propagar cínicamente que formaria um governo barato, e também contra a corrupção.

Enquanto os sigilosos gastos presidênciais aumentam, o governo federal chegou a retirar R$ 83,9 milhões que seriam usados no programa Bolsa Família para destinar à Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência (Secom). Ou seja, tirando dos mais pobres pra investir na propaganda de sua própria gestão.

Enquanto o governo Bolsonaro gasta milhões de reais com propaganda, milhões de trabalhadores informais e precários sofrem com os atrasos do auxílio emergencial, com o desemprego e a falta de leitos nos hospitais públicos de vários estados do pais.

Outra demonstração das mentiras de Bolsonaro no combate à corrupção e ao chamado “toma lá dá cá”, ficou notório hoje com a nomeação do deputado Fábio Faria (PSD-RN) para o Ministério das Comunicações, recriado sob medida para o parlamentar.

Ao dar o ministério a Faria, por exemplo, Bolsonaro agradou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), amigo do deputado, e o grupo ligado ao comandante da Casa. Faria telefonou na noite de quarta (11) para Maia e informou que seria nomeado ministro.

Essa estratégia visa garantir apoio em um momento em que enfrenta protestos nas ruas, é alvo de ações que pedem a cassação de sua chapa no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e vê o inquérito autoritário das fake news, no Supremo Tribunal Federal (STF), atingir seus aliados.

 
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