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Chile mostra o caminho: é preciso barrar as demissões da LATAM com luta!
Redação

Chega de demissões! Trabalhadores do Chile fazem intervenção pública contra as demissões da LATAM e mostram o caminho para o Brasil.

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Na madrugada dessa segunda-feira (9), no marco das 2.500 demissões na América do Sul e mais de 300 só no Chile, as e os trabalhadores despedidos da Latam, realizaram uma intervenção pública em Antofagasta e na “Plaza Colón”, levantando cartazes com as mensagens: “basta de demitidos na Latam” e “Salvam a Latam com $$ Chileno, mas e os demitidos?”

Os chilenos questionavam não só as demissões, mas a crise de conjunto, sanitária e econômica; e porque, ela tem que ser descarregada nos trabalhadores enquanto a Latam se salva com ajuda de dinheiro público.

No Brasil, também na segunda-feira (9) foram anunciadas 2.000 demissões. 800 só no aeroporto de Guarulhos. A LATAM, entretanto, teve lucros recordes em 2019, um pouco antes da pandemia. O ano de 2019 foi ano em que a empresa mais avançou em impor um ritmo de trabalho extenuante para seus funcionários, e a consequência disso foi o ano mais lucrativo da história da empresa. Agora, os dispensa para manter seus lucros.

A MP 936, conhecida como MP da morte, aprovada por Bolsonaro durante a pandemia, autoriza “suspensão” de contratos e redução de salários dos funcionários. É nela que as gigantescas empresas, como a Latam, se apoiam para manter seus lucros; ainda que signifique jogar mais de 2.000 famílias na rua, no meio de uma pandemia, num cenário que, antes dela, já era de recordes de desemprego.

O Chile mostra que o caminho para barrar as demissões é a luta na rua. Muito se tem discutido sobre se, apesar de todos os ataques, é ou não o momento de sair na rua. Mas os funcionários já estavam arriscando suas vidas, diariamente, no aeroporto, um dos locais de mais suscetíveis à transmissão da doença. Agora, não sabem se, ao menos, conseguirão continuar pagando suas contas e seu teto para se proteger da pandemia.

O Governo Bolsonaro segue sua linha de medidas autoritárias que jogam os trabalhadores e trabalhadoras à própria sorte durante a pandemia do COVID. Precisamos, urgentemente, organizar ações com os métodos de luta da classe trabalhadora: assembleias, piquetes e paralisações para enfrentarmos este ataque. Organizar os aeroviários. É fundamental que o sindicato se coloque à frente da defesa dos funcionários e seus empregos e de enfrentamento com as patronais.

É necessário, também, uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana que questione todo esse sistema, para que o povo decida os rumos do país e não mais os capitalistas cuja única preocupação é manter os lucros. E gritar: fora Bolsonaro, Mourão e militares que, cada dia mais, contribuem com a profunda miséria e precarização na vida de cada brasileiro pertencente à classe trabalhadora.

 
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