Ontem, quinta-feira (dia 29), em ato convocado como "grito pela educação", mais de 5 mil alunos, pais e professores foram às ruas contra a dita reorganização escolar de Alckmin. Estavam presentes também o MST e MTST.

O que mais se via eram os estudantes, maioria no ato, que têm feito manifestações em todo estado há mais de um mês, dizendo em alto e bom som que não vão permitir os fechamentos das escolas.

"a merenda ele pegou/a escola ele fechou/com Geraldo é só caô!"

Cantando "essa é a minha escola e ninguém vai me tirar", os estudantes mais uma vez mostraram sua fortaleza, indicando o caminho a seguir.

Mesmo tendo ocorrido uma assembleia dos professores antes da manifestação, a presença destes foi ainda reduzida. Isso se deve diretamente ao fato de a Apeoesp desde a greve do primeiro bimestre ter construído a derrota, e agora busca dividir professores e alunos. Prova maior disso é que não houve uma real convocação por parte do sindicato, assim como não tem feito nenhuma política para mobilizar os professores contra o fechamento das escolas.

Junto a isso, a direção majoritária da Apeoesp - ligada ao PT - em todo o momento remarcou a óbvia responsabilidade do governo estadual do PSDB pelos fechamentos de escola, omitindo, no entanto, o apoio e implementação de ataques à educação pelo governo federal do PT, como parte de um projeto de estado; justo na mesma semana em que Mercadante do PT declara seu apoio ao projeto de Alckmin.

Na assembleia, de cima do caminhão, muitos aplausos vazios aos alunos e nenhuma proposta de mobilização dos professores para que se unam a eles. Foi aprovado somente um novo ato no dia 10 de Novembro.

A agrupação Professores pela Base, junto à Juventude às Ruas, construiu um combativo bloco com 250 companheiros, entre alunos, professores e trabalhadores de outras categorias, como metroviários e bancários, que em ativa aliança buscaram colocar a perspectiva de independência dos governos estadual e federal, e de unidade de professores e estudantes pra vencer. Veja mais vídeos e fotos desta importante manifestação:

"ô, ô Geraldo, a culpa é sua! Hoje a aula é na rua!"

"e se a escola fechar/a cidade vai parar/e se o povo se unir/o Geraldo vai cair!"