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ATOS ANTIFASCISTAS
Covarde, Bolsonaro ameaça com a Força Nacional os atos de domingo contra o governo
Redação
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Em Águas Lindas de Goiás, Bolsonaro disse que os manifestantes que se opõem ao seu governo “geralmente são marginais, maconheiros, desocupados que não sabem o que é economia, o que é trabalhar para ganhar o pão de cada dia”. Ele diz isso a toda uma juventude precarizada que passa pedalando o dia inteiro para os aplicativos de entrega e para uma porção de trabalhadores desempregados e precarizados que matam um leão por dia para poder comer e que saíram às ruas contra o governo no domingo passado.

Bolsonaro estava em Águas Lindas de Goiás para inaugurar um hospital de campanha que custou 10 milhões de reais e conta com apenas 10 leitos de UTI. Capacho e papagaio de Trump, em seu discurso comparou os manifestantes antifascistas e antirracistas no Brasil com terroristas e cobrou que a PM faça “o seu devido trabalho”. Ameaça com repressão da Força Nacional os atos do próximo domingo em nome daquilo que ele chama de democracia.

Ao mesmo tempo pede para que sua base de apoio, os grupos que pedem o fechamento do Congresso e do STF, por intervenção militar, com referência à grupos de extermínio negro como a KKK, que não saia às ruas nesse domingo, 7. A esses, contraditoriamente, Bolsonaro se refere como aqueles que lutam pela democracia e como quem “preza por sua liberdade". Liberdade de lucrar e explorar o povo trabalhador, pobre e negro.

Atos antifascistas: Vamos nas manifestações de domingo, 7, contra Bolsonaro e todo esse regime escravista!

Ameaçar com uso de Força Nacional expressa nada mais que um medo e uma covardia de Bolsonaro, com a possibilidade da fúria negra antirracista e antifascista dos EUA contagie os negros e a classe trabalhadora brasileira. Não atoa inúmeras vezes remete que quer evitar que aconteça aqui "como aconteceu no Chile", em referência à longa revolta que despertou naquele país contra o regime pinochetista.

Não podemos nos intimidar com esse tipo de ameaça, mas organizar uma força ainda maior através da unidade da luta antirracista e antifascista com maioria de trabalhadores efetivos, temporários, precários e terceirizados com os movimentos sociais, não com um punhados de políticos e burgueses que agora se dizem "democráticos" e "antifascistas".

A oposição ao governo Bolsonaro se apresenta pela própria direita como Witzel, Dória, Leite e companhia, seus aliados de ontem, ou então pela via institucional com STF e Congresso e ainda Rede Globo, estes estão sempre de prontidão para atacar os trabalhadores apoiando todas as medidas e reformas de Paulo Guedes.

De outro lado grandes partidos de esquerda como PT e PCdoB apostam numa frente ampla pelo impeachment de Bolsonaro tentando pressionar essa ala direita, embora os governadores desses partidos tenham aprovado reformas da previdência em seus estados. De que vale tirar Bolsonaro pela via institucional se assume Mourão, um militar que carrega a mesma herança da ditadura?

O sujeito social que saiu às ruas contra o governo Bolsonaro é quem pode derrubar esse governo por uma outra saída que derrube também esse regime opressor e de exploração. Uma frente única dos trabalhadores, sem nenhuma confiança no STF, no Congresso ou nos governadores, que organizados podem exigir uma Constituinte Livre e Soberana para que seja o povo que decida os rumos do país. Para isso, é urgente que as centrais sindicais controladas pelo PT e PCdoB (CUTe CTB), saiam de suas quarentenas e acordos com os patrões para organizar os trabalhadores sindicalizados, se colocando lado a lado dos trabalhadores de aplicativo, terceirizados e da juventude negra que saiu às ruas.

Editorial: Como encarar a luta antirracista e antifascista no Brasil?

Bolsonaro, os militares e toda a burguesia temem uma verdadeira democracia que só os trabalhadores, os desempregados precarizados, uberizados, a juventude, os movimentos quilombolas e antirracistas podem levar à frente, tomando as ruas e as fábricas, as universidades, hospitais, escolas, bancos e tudo o mais para girar toda a produção e a economia para salvar vidas durante a pandemia. Nossas vidas valem mais que os lucros deles!

 
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