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Fábricas de carros reabrem enquanto vendas estão encalhadas. É preciso reconverter a produção já!
Redação

Após as vendas despencarem nos últimos dois meses, Volkswagen reabre plantas para produzir seu novo modelo a tempo, sem se preocupar com a exposição de seus trabalhadores.

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Nesta segunda-feira, dia 1, a planta de São Bernardo do Campo da Volkswagen reabriu em turno único com 2,6 mil trabalhadores e segundo as expectativas do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, no dia 22 a planta voltará ao expediente de dois turnos.

A Planta de Taubaté já reabriu também, e outras plantas se preparam para a retomada. Além da Volkswagen, outras empresas de automóveis planejam uma volta das atividades, mesmo com uma queda de 74,7 % nas vendas em maio devido à situação de crise e pandemia.

Apesar do cenário, há expectativa de melhora das vendas no setor por parte dos empresários, enquanto isso, chega a 30 mil o número de mortos pela COVID-19 no país, acompanhado de um grave cenário de falta de leitos, respiradores, EPI’s e funcionários para toda a demanda.

Alheio ao mundo ao seu redor, o presidente da Volkswagen disse que “o que passamos nos últimos dias foi violento”, se referindo à queda de vendas na mesma semana em que uma série de manifestações começaram a pipocar pelo mundo contra a violência da polícia racista.

Trata-se de um homem preso em um universo fantástico no qual existe espaço para colocar como prioridade o lançamento do mais novo modelo da empresa quando cada vez menos está na lista de prioridades dos trabalhadores a compra de um carro novo.

Para mostrar "responsabilidade", a Volkswagen fez questão de mostrar à mídia todo o rigoroso processo de segurança ao qual todos os trabalhadores estão submetidos agora, porém, isso não torna menor o fato de que a pressa é para que os trabalhadores voltem a produzir uma mercadoria que parece irrelevante frente às escandalosas necessidades de saúde que seguem sem ser atendidas pelos governos.
A pressa necessária nesse momento é para que se reverta toda a produção para o combate à COVID-19, com produção de respiradores, máscaras, álcool em gel etc. A enorme capacidade produtiva das plantas das empresas automobilísticas poderia evitar milhares de mortes diariamente se fossem reconvertidas aos interesses da população neste momento.

 
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