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REABERTURA NO MÉXICO
México: O “novo normal” e a reabertura econômica são preparados, enquanto aumentam os contágios
La Izquierda Diario - México

Na manhã de segunda-feira, AMLO (Andrés Manuel López Obrador, presidente mexicano) anunciou que seguem os preparativos para a “nova normalidade”, que no que tange a volta às aulas, terá que ser consultado com professores, pais e mães de família. No dia seguinte foram registradas 501 mortes pelo covid-19, sendo o México o país que menos testa na América Latina.

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AMLO anunciou com muita alegria que a reabertura econômica está próxima, em especial na indústria da construção, automotriz, a mineria, e a maquila (Ndt: onde já faleceram mais de 500 operários pela Covid-19), como resultado da pressão imperialista da Casa Branca e do Pentágono, baseada no funcionamento binacional das cadeias de valor que atravessam a fronteira norte.

Com 7394 falecimentos pelo coronavírus e 68.620 casos confirmados, a curva de contágio segue em ascenso, colocando em questionamento o sentido de reativar a produção de setores não essenciais para a produção de insumos que permitam enfrentar a pandemia, como os carros ou infraestrutura que não será para novos hospitais.

As declarações de AMLO sobre a “nova normalidade” são preocupantes: “Dizer-lhes que, de acordo com os informes que temos, já vamos saindo. Desde já, não devemos confiar, não relaxar as medidas de prevenção, seguir as recomendações até esse fim de semana no qual termina essa etapa”.

Tudo indica que no próximo 1º de junho, a “nova normalidade” será imposta em cima de uma quantidade de mortos incalculável (já que muitas das mortes por pneumonia atípica não são investigadas para determinar se a causa foi o coronavírus) e em base a expor milhões de trabalhadores ao contágio.

A grande necessidade das mais de 31 milhões de pessoas que trabalham na informalidade e vivem do dia, a dos quais engrossaram as 2 milhões de demissões geradas pela pandemia, assim como a negativa do governo de proibir as demissões e obrigar as patronais a cumprirem integralmente os salários durante as suspensões pela crise sanitária, é a base sobre a qual o governo se apoia para reativar a economia.

A necessidade e a fome de milhões causada pelo respeito e proteção do governo da 4T às fortunas dos grandes empresários, em vez de financiar com estas os salários de quarentena e insumos necessários para que os setores populares não carreguem os custos da crise.

Longe disso, o aumento da arrecadação tributária que tanto evidencia o presidente foi garantido pelo pagamento pontual de impostos de pequenos contribuintes, cortando as receitas daqueles que menos recebem e permitindo que grandes transnacionais, como Walmart ou as empresas de Salinas Pliego, se livrem dos impostos.

AMLO anunciou também que neste ano serão gerados novos empregos, vinculados à construção de projetos públicos e megaprojetos, como o Trem Maya. AMLO apelou a este tipo de mecanismo para garantir o reimpulso da economia, sem recorrer a um maior endividamento público com organismos financeiros internacionais (ainda que, evidentemente, mantendo o pagamento pontual da ilegítima dívida externa que já consome metade do orçamento público).

Também fez referência aos programas sociais de apoio que deram empregos a centenas de milhares de jovens aprofundando a precarização do trabalho e negando a relação trabalhista com os e as trabalhadores, com o programa Jovens Construindo o Futuro, que funcionará para as licitações que permitirão com que grandes empresas construam o próprio Trem Maya.

Publicado originalmente no La Izquierda Diario México

 
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