A Plataforma Sanitarios necessários recebeu um apoio massivo nas manifestações desta segunda-feira, convocadas para denunciar a precariedade do trabalho e exigir um reforço da estrutura de todo o sistema sanitário.
Nesta segunda-feira, os aplausos das 20 horas tiveram uma cor especial. Com máscaras, e mantendo a distância de segurança, milhares de moradoras e moradores se dirigiram ao seu centro de saúde mais próximo para apoiar a saúde pública.
As concentrações foram vistas e se fizeram escutar frente aos grandes hospitais como o La Paz e o 12 de octubre, mas também em bairros do sul da cidade, os mais afetados pela crise sanitária e pela crise econômica.
Depois de um minuto de silêncio pelos mortos, começaram a aflorar a reivindicações, que a crise do Covid-19 fez mais urgentes.
“Por contratos dignos”, “contra os cortes”, “contra a privatização”, “Saúde 100% pública”, "Ayuso renuncia" e "Usuários e trabalhadores unidos pela saúde pública", podia ser lido em cartazes improvisados.
A partir da plataforma de trabalhadores da saúde sinalizam que a saúde pública acumula anos de deterioração e advertem que, se é produzido um novo surto do coronavírus, o sistema colapsará novamente, já que falta pessoal e infraestrutura.
No seu manifesto explicam: “A nova normalidade deve incluir uma saúde pública robusta, o que implica em investimento em trabalhadores da saúde e condições de trabalho dignas”.
Laura Castillo, integrante da plataforma, afirma que é necessário que todo o pessoal contratado para cobrir a emergência do coronavírus seja incorporado como efetivo, permanentemente, para baixar a quantidade de pacientes por médico em centros de saúde que estão “colapsadíssimos” e com profissionais “esgotados”. A tudo isso se somam os cortes e a privatização dos centros que foram implementados nos últimos anos, o que piora as condições de trabalho precárias. A plataforma interpelou a população com o lema: “quem cuida dos que cuidam”.
Publicado originalmente no La Izquierda Diario ES
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