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SAÚDE NATAL
Trabalhadores da saúde de Natal realizam ações de denúncia à situação dos hospitais na pandemia
Redação Esquerda Diário Nordeste

Na semana do dia 13, dia internacional da enfermagem, os trabalhadores da saúde de Natal realizaram ações de denúncia a situação dos hospitais públicos de Natal e das suas condições de atendimento à população frente a pandemia do coronavírus.

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Foto: Sindsaúde/RN

Os trabalhadores realizaram uma ação relâmpago no Hospital Walfredo Gurgel na quinta-feira, 15, com a presença da imprensa, assim como uma manifestação nessa sexta-feita, 16, que partiu do HUOL em direção ao hospital municipal, com a presença de enfermeiros e estudantes se solidarizando.

Foram importantes demonstrações de que é necessário organizar os trabalhadores da saúde nesse momento de pandemia, pois a situação dos hospitais públicos é grave, onde só se tem vaga quando um morre. A saúde colapsa, enfermeiros se contaminam, e ainda sofrem todo tipo de assédio e pressão das gestões, que fingem não ver a situação que estão passando.

Muitos estão há semanas longe das suas famílias com medo de contaminarem seus pais, filhos. Sentem na pele a impotência que é estar na linha de frente de uma guerra sem proteção real e sem armas para combater a doença. Vagas nos leitos de UTI públicos só existem quando alguém morre. Essa semana uma pessoa morreu na UPA Cidade da Esperança por que um dos poucos respiradores quebrou.

Uma situação desesperadora que leva a que tenham que sair às ruas, com medo de deixar seus pacientes, para denunciar que não dá mais a sobrecarga de trabalho e a situação de risco que estão sendo colocadas as enfermeiras, técnicos de enfermagem, terceirizadas da limpeza. Há relatos que contam de um maqueiro terceirizado do HUOL que faleceu por COVID-19 e cujo caso está sendo abafado pela gestão do hospital.

Ação em frente ao Hospital Municipal de Natal

Mas também mostram que apenas esses trabalhadores tem as respostas para salvar a vida das pessoas, porque estão vendo no dia a dia o que deveria estar sendo feito, mas não está. São eles que deveriam decidir sobre o sistema de saúde da cidade, do estado e de todo país, batalhando para exigir uma fila única no SUS, incorporando os leitos privados sem nenhuma indenização aos monopólios como Unimed e Amil.

O Brasil é um dos países com maior taxa de contaminação de profissionais da saúde pelo COVID-19, já contando com 98 mortos, números que superam aos da Itália e Espanha. Na maioria dos hospitais e unidades médicas, a situação é de falta de EPIs para os que estão na linha de frente da batalha contra a pandemia.

Ação em frente ao Hospital Universitário Orlando Lopes

Bolsonaro diz e daí e vai andar de jets ski enquanto o número de mortes no país bate recordes, depois liga para setores patronais pressionarem os governadores dos estados a acabem com o isolamento. A sua política é genocida e sustentada por cada militar no seu governo, pois não importam as pilhas de corpos, que não podemos enterrar nossos parentes, o que importa é seguir a produção, com redução drástica dos salários e demissões facilitadas pela sua MP da Morte, que longe de salvar empregos, está os destruindo para que a crise não seja paga com os lucros obtidos por anos de exploração das patronais.

Em Natal, entrou em colapso o SUS, enquanto sobram leitos privados, onde tem maior disponibilidade de testes. São os moradores da ZN, da periferia, os que ficam sem água em casa por conta das chuvas, como na ZO, os primeiros a pagarem por essa situação. O prefeito Álvaro Dias não oferece sequer transporte aos trabalhadores do hospital de campanha na Via Costeira (como foi denunciado no vídeo abaixo), enquanto tenta aumentar os lucros da sua família no hospital de campanha do Arena das Dunas.

Ao mesmo tempo que Fátima autoriza a volta do comércio, da indústria, o sistema de saúde do RN colapsa em diversas cidades, enquanto a iniciativa privada tem menos da metade dos leitos ocupados. Assiste o aumento de pedidos no seguro-desemprego em 30%, recordes de desemprego no estado, o que mostra que nada tem de opositora a Bolsonaro no que diz respeito a garantir os interesses patronais.

Nos colocamos ao lado de cada trabalhador da saúde nesse momento, exigindo a imediata garantia dos seus EPIs, testes, a contratação imediata de novos enfermeiros, técnicos, trabalhadores da limpeza, liberando os setores de risco sem nenhuma perda salarial, assim a urgência de testes para todos, em primeiro lugar aos profissionais da saúde.

É urgente a estatização dos leitos privados e a cobrança da dívida ativa dos empresários do estado, a taxação de fortunas como a de Flávio Rocha, da Guararapes, e outras grandes empresas, para ampliação imediata dos leitos públicos, de respiradores.

Além disso, defendemos a liberação imediata de cada trabalhador não essencial, sem perda salarial e proibindo as demissões no estado. É inadmissível qualquer recrudescimento da repressão contra a população que possa acompanhar uma medida de lockdown, embora seja fundamental a garantia de um isolamento social para todos os setores não essenciais e grupos de risco e contaminados.

 
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