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CULTURA
Quando a extrema direita faz uso da cultura
Afonso Machado
Campinas
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A extrema direita brasileira está diante do espelho. Ela tem o seu corpo coberto pela bandeira do Brasil: o objeto assemelha-se muito a uma capa. Após prestar uma homenagem ao seu próprio reflexo, a extrema direita difunde pelas redes sociais suas paixões autoritárias. Ela possui inúmeras faces, muitas semelhanças com personagens históricos: o olhar de César Augusto, a ambição de Cleópatra, a risada de Nero, a arrogância de Napoleão Bonaparte, a crueldade de Hitle e o caráter de Nixon. O que a extrema direita esconde atrás da capa-bandeira é o seu compromisso político com a burguesia brasileira.

A extrema direita conta com um fuzil e uma caneta para realizar seu trabalho cultural. Mas ela faz uso mesmo de um outro instrumento: uma borracha! Ela apaga um fato aqui, apaga certas obras de arte ali, apaga a crítica sempre.

A extrema direita é um poeta que escreve Palavras-cruzadas e zela por um mundo sem poesia.

A extrema direita é um pintor que maneja o pincel como torturador. Ela não pinta as desigualdades sociais: o que ela produz é a imagem de uma falsa unidade, uma imagem harmoniosa que nunca existiu na história do Brasil.

A extrema direita faz citações filosóficas mas morre de medo da Filosofia.

A extrema direita fala em medicina mas não acredita no método científico e maneja a ciência como sacerdote despótico.

A extrema direita necessita de historiadores que não estudam História: ela precisa de carrascos que destroem ou adulteram documentos históricos.

As referências artísticas da extrema direita passam pela Estética dos nazistas e pelos hinos fabricados pela ditadura militar.

Conclusão dramática

A cultura para a extrema direita é entendida como:

1- Porrete improvisado
2- Cadeado que tranca a porta do passado (impedindo a passagem das lembranças revolucionárias)
3- Corda colocada em volta do pescoço da vida artística e intelectual (aperta-se o pescoço até retirar todo o ar da crítica)

 
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