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DENÚNCIA
DENÚNCIA: no Hospital João Paulo II em BH “a enfermagem tá sendo levada ao sacrifício”
Redação Minas Gerais

Obrigadas a trabalhar sem EPI’s adequados e se desdobrando em funções que não lhes cabem, enfermeiras e técnicas do Hospital João Paulo II em BH enfrentam situação caótica. A culpa é de Romeu Zema.

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Foto: Hospital João Paulo

O descaso do governo e da diretoria dos hospitais coloca em risco trabalhadores que estão na linha de frente no combate à pandemia e no tratamento de pacientes com COVID-19. Obrigadas a trabalhar sem EPI’s adequados e se desdobrando em funções que não lhes cabem, enfermeiras e técnicas do Hospital João Paulo II em BH enfrentam situação caótica.

Segundo a denúncia anônima de um trabalhador ou trabalhadora do Hospital Infantil João Paulo II, a direção do hospital está colocando as técnicas e técnicos de enfermagem em risco ao não respeitar os protocolos de segurança contra o coronavírus: "estão negando EPI, deram uma máscara que deu alergia nos colegas e agora estão negando a N95, que é a que cobre. A N95, pelo protocolo, vai durar 12 horas, e no final do plantão é descartada. E eles estão querendo que essas meninas guardem essas máscaras contaminadas nos armários delas por 15 dias. Olha se tem cabimento uma coisa dessa? Eles estão negando, escondendo as máscaras na farmácia. As farmacêuticas vão buscar e eles não querem liberar, não querem liberar roupa pras meninas vestirem, equipamento e tá um caos".

Além disso, as enfermeiras tem sido desviadas de sua função ao ter que realizar a coleta de sangue de pacientes com suspeita de coronavírus, trabalho que deveria ser realizado por técnicos de laboratório: "querem obrigar as meninas a fazer a coleta de sangue, além de fazer o procedimento de enfermagem tem que fazer a coleta das crianças com suspeita de coronavírus pra quem trabalha no laboratório não ter que usar equipamento, pra não ter que ter mão de obra. Então, assim, a enfermagem tá realmente sendo levada ao matadouro, ao sacrifício, correndo sério risco de contaminação. E sindicato tenta, o povo tenta, mas a diretoria tá irredutível, então não tem diálogo, estão forçando os funcionários a fazerem o que eles não podem fazer porque coleta de sangue não é do técnico de enfermagem, é do técnico de laboratório".

A pandemia escancara o resultado de anos de desmonte do SUS. A morte de quase cem trabalhadores da saúde no Brasil em decorrência da pandemia se deve às políticas de Bolsonaro e dos governadores, sobretudo governadores bolsonaristas como Zema, de desvalorizar os trabalhadores da saúde. Nos colocamos à disposição de divulgar as denúncias daqueles e daquelas que salvam vidas, nos unificamos nas suas lutas por EPIs, testes, licença remunerada para o grupo de risco, e lutamos para que o sistema de saúde no Brasil seja realmente único, com o fim da saúde privada e paga, e controlado pelos trabalhadores do SUS, que é quem melhor pode decidir sobre seus protocolos de segurança, suas divisões de funções, e sobre a melhor forma de atender aos usuários.

 
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