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ATAQUES TRABALHISTAS
Defensor dos banqueiros, Guedes acusa servidores de estarem saqueando o país
Redação
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Apesar de já ter perdido o poder - via decisão do STF - de decretar pela reabertura ou não de comércios e outros setores não essenciais, o governo Bolsonaro tenta de diversas outras formas impor sua política genocida anti isolamento social; ampliou o ramo de serviços considerados essenciais para, com isso, respaldar governadores e prefeitos que decidam pela abertura desses serviços e agora o ministro Paulo Guedes condiciona a liberação de verbas para socorrer estados e municípios a um plano de reabertura da economia nesses mesmos entes federativos.

Esse tipo de chantagem já foi usada por outros ministros de Bolsonaro, vide o caso de Weintraub e os cortes orçamentários nas universidades federais, usados também como moeda de troca para aprovação da reforma da previdência no passado; o mesmo Weintraub que, hoje, chantageia os reitores para que retomem as aulas em meio à crescente nos números de casos da Covid-19; é a forma mais comum do governo federal para tentar impor suas políticas genocidas, que salvam CNPJs e matam milhares de CPFs.

Guedes, além de chantagear os governadores e condicionar a liberação dessas verbas a um afrouxamento nas medidas de isolamento social, ataca, novamente, os trabalhadores dos serviços públicos. Uma das contrapartidas para a injeção de 130 bilhões nas economias de estados e municípios é o congelamento por 18 meses nos salários dos servidores públicos, inclusive dos que se colocam na linha de frente para o combate da pandemia, como médicos e enfermeiros. Ao mesmo tempo em que defende o congelamento dos salários desses profissionais o ministro se cala sobre a demora do presidente em sancionar o projeto, demora essa que possibilita um aumento salarial de até 25% para policiais do Distrito Federal. Aqui, nem o seu “posto ipiranga” consegue exercer muita influência em Bolsonaro, uma vez que as polícias constroem uma grande base de apoio a ele e agradar esse setor é fundamental para a sustentação do governo.

É cada vez mais latente o desprezo que o governo Bolsonaro tem pelos trabalhadores e trabalhadoras e miram suas armas agora no funcionalismo público; usarão de todos os meios que possuem para retirar direitos conquistados em décadas de lutas desses trabalhadores. Guedes chega ao absurdo de dizer que esses servidores que se colocam na linha de frente do combate à covid-19 estariam saqueando o país caso exerçam seu direito de lutar por reajustes salariais no futuro, mas é o mesmo Guedes que enriqueceu atuando no mercado financeiro durante toda a vida e hoje saqueia o estado brasileiro através de seus projetos de privatização de praticamente todas as empresas e bancos públicos.

 
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