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IDEIAS NAS UNIVERSIDADES #2 - ESPECIAL UM ANO DO 15M
No dia das assistentes sociais, viva às profissionais da linha de frente na luta pela vida
Luísa Matos
Militante da Juventude Faísca e Estudante de Serviço Social da UERJ

Neste 15 de maio nada convencional, celebramos também o dia das assistentes sociais. Essa profissão que ganhou centralidade frente à pandemia, cumprindo papel essencial na linha de frente da saúde e no atendimento assistencial à população. Nós da Juventude Faísca, que atuamos no Centro Acadêmico do Serviço Social da UERJ no Rio de Janeiro, chamamos às assistentes sociais a encararem este dia mais que como uma homenagem, mas na perspectiva de construir resistência e luta. Podemos fazer diferença, junto ao conjunto dos profissionais da saúde e da classe trabalhadora que já vem apontando caminhos de resistência nessa batalha pela vida acima dos lucros.

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Assista ao vídeo do Centro Acadêmico do Serviço Social da UERJ neste dia 15:

15 de maio, após passar pelo importante dia Internacional da Enfermagem (12/05), o qual marcou a semana com iniciativas de resistência dos profissionais da saúde com diversas homenagens realizadas às enfermeiras que estão na linha de frente do combate ao coronavírus, hoje é celebrado o dia da/o Assistente Social. Esta profissão que junto às enfermeiras e o conjunto dos trabalhadores da saúde, também é parte da linha de frente e, neste momento, muitas estão colocando suas vidas em risco diante dessa pandemia.

Uma profissão que é composta majoritariamente por mulheres (pouco mais de 90%, como afirma pesquisa feita pelo CFESS), grande parte negras, que carregam o peso do cuidado como uma determinação social devido ao patriarcado, o machismo e o racismo que reforçam ainda mais a exploração. Estão na guerra contra o vírus, em sua grande maioria, desarmadas! Graças aos governantes e capitalistas que em meio à crise sanitária que se aprofunda, não garantem sequer insumos básicos como EPI’s, testes para todos, adicional de insalubridade, carga horária que permita o descanso e medidas elementares que permitiriam o mínimo de segurança para as profissionais atuarem.

Grande parte da área de atuação das assistentes sociais é da saúde. O que significa que hoje muitas assistentes sociais estão colocando seus corpos no combate à pandemia. Atendem diretamente à população. Isto implica no funcionamento direto das clínicas da família, UPA’s, hospitais, postos de saúde e consequentemente na vida dos usuários dessas unidades, que em sua maioria são setores mais precarizados da classe trabalhadora. Não isoladamente e também em conjunto com outras essenciais categorias.

Visto as recorrentes e importantes elaborações que os profissionais e docentes do Serviço Social têm feito, contribuindo para a categoria profissional e para os/as alunos/as que serão futuros/as profissionais, mais uma vez fica evidente a contribuição que a universidade pode ter diante desse cenário, destacamos o artigo do Maurilio Matos em que afirma: “na saúde o objetivo do Serviço Social é a identificação dos aspectos econômicos, políticos, culturais, sociais que atravessam o processo saúde-doença para assim mobilizar recursos para o seu enfrentamento, articulado a uma prática educativa, que nos termos de Marina Maciel Abreu (2002), contribua para a emancipação das classes subalternas”, colocando a respeito do papel que a assistente social cumpre na vida dos usuários do serviço público de saúde.

A pandemia não está trazendo consequências para a humanidade unicamente por ser natural, mas por ter raízes sociais e políticas, frutos do sistema capitalista, que já vinha passando por crise econômica mundial e agora se acentua somada a crise sanitária.

Cada morte dos profissionais é de responsabilidades dos que utilizaram nossas vidas para enriquecer os bolsos dos capitalistas com anos de sucateamento da saúde, precarização das condições de trabalho e dos que atualmente dão continuidade e se negam a garantir um projeto eficaz de combate à pandemia. Sendo o governo Bolsonaro-Mourão e os militares que vem sendo sua base de sustentação, mas também a oposição interessada e oportunista dos governadores, congresso e STF responsáveis, junto aos capitalistas, que sustentam a falácia de falta de recursos para manter seus lucros!

Trabalhadores da saúde em vários lugares do mundo e do Brasil vem se colocando frontalmente contra as condições de trabalho que estão sendo impostas e homenageando todos os profissionais mortos pela covid-19. Dando exemplos de como os trabalhadores da saúde podem ser linha de frente também da resistência, se organizando junto com o restante da classe trabalhadora e com a juventude, construindo assim a garantia das demandas emergenciais articuladas a uma saída diante da crise, para que seja paga pelos capitalistas e não com nossas vidas, seja durante a pandemia ou depois dela.

Nós assistentes estudantes e futuras assistentes sociais, devemos nos apoiar nos pontos fortes da nossa formação que tem boa base marxista, nossa ligação direta com a atuação na saúde e no contato direto com os setores mais precarizados da sociedade para fazer diferença nesse momento de crise, mobilizando energias na batalha por EPI’s, testes massivos, contratação de mais profissionais com os mesmos direitos e salários e na luta por um sistema de saúde que seja controlado pelos próprios trabalhadores, centralizando o sistema privado, para que assim esteja voltado para a demanda de toda a classe trabalhadora.

Como parte de uma juventude que vê centralidade na aliança com a classe trabalhadora, é nossa tarefa nos colocarmos em defesa dessas lutadoras. Reafirmamos a necessidade que esse dia seja voltado para refletir o papel social a qual cumprem tais profissionais em meio à pandemia. Viemos levantando a necessidade da defesa de suas vidas em todos os lugares que estamos, principalmente nas entidades estudantis, como faz o Centro Acadêmico de Serviço Social da UERJ, no qual a atual gestão é composta por integrantes da juventude Faísca e independentes, cumprindo um papel importante na defesa das que estão na linha de frente da saúde.

 
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