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DENÚNCIA
Garis estão expostos sem EPI’s suficientes e sabão em várias gerências da COMLURB
Redação Rio de Janeiro

Hoje como estamos vivendo numa pandemia os trabalhadores em seu local de trabalho precisam não só de EPI’s mas também de materiais de higiene. Isso não vem acontecendo com os trabalhadores da limpeza urbana que são um dos serviços essenciais na linha de frente no combate ao covid-19 fazendo sanitização e higienização das ruas e bairros do Rio de Janeiro, mas mesmo assim sofrem com falta de máscaras, álcool em gel e sabão em algumas gerências.

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Garis relataram em áudios para o Esquerda Diário que em muitas gerências precisam levar a própria máscara porque a empresa não disponibiliza. Veja a transcrição de parte de um desses áudios:

A distribuição de EPI’s não é concedida como tem que ser, eu trabalhei muito tempo sem a máscara, sem a Comlurb dar uma máscara... A gerência demorou mais de 1 mês para chegar álcool em gel na gerência, algumas gerências chegaram sabão na minha nunca chegou.

Além de ter que lutar com falta de EPI´s, os garis têm que lutar também com a falta de testes da COVID-19, a empresa não garante nenhum teste para qualquer trabalhador com a alegação de que tirou os funcionários do grupo de risco do trabalho. Isso é um absurdo não só porque não são apenas funcionários do grupo de risco que contraem a doença, mas também podem ajudar a contaminar suas famílias, sem falar que nem todos os funcionários do grupo de risco estão de licença.

Como já foi dito nesta matéria os garis que estão no grupo de risco estão sendo obrigados a voltar ao trabalho, como ocorreu na gerência de Piedade.

É revoltante também como o superintendente da Comlurb em entrevista ao SBT omitiu a informação de infectados. Mais recentemente, um vídeo que está circulando entre os garis e foi enviado para o Esquerda Diário, mostra Fabiano Araújo, coordenador da Diretoria de Serviços Urbanos (DSU) respondendo questionamentos feitos nas redes sociais sobre a falta de EPI e o retorno ao trabalho de garis do grupo de risco. Ele reafirma que segue sendo apenas duas mortes de garis contaminados pelo vírus, sendo que os garis têm noticiado nas redes ao menos 10 garis.

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, além deixar os trabalhadores da saúde sem receber seus salários por meses, fechar vários leitos antes da pandemia, ainda deixa vários garis expostos ao COVID-19 por não conceder máscaras e produtos de higiene suficiente nas gerências para garantir a proteção dos trabalhadores.

Enquanto isso o sindicato SIEMACO (Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação do Rio de Janeiro) não faz nenhuma campanha e não organiza os trabalhadores para que consigam lutar para conseguir os EPI’s e os produtos de higiene necessários além da licença de todos os trabalhadores do grupo de risco sem corte de salário.

É preciso que os garis tomem para si a decisões do trabalho na empresa, é fundamental que estejam organizados em comitês de defesa e saneamento em cada gerência tendo sido eleitos democraticamente para que possam debater e organizar suas demandas. Sabemos que o serviço desses trabalhadores é fundamental para o funcionamento da cidade e por isso é fundamental sua organização pois não são os gerentes, o superintendente e muito menos o prefeito que estão na linha de frente dessa batalha. Os garis devem se inspirar aos trabalhadores da saúde que estão reivindicando EPI´s em vários lugares do país pois se mandam esses trabalhadores essenciais pras batalhas, precisam garantir todas as armas para isso!

 
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