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AGENDA DE ATAQUES
Enquanto Bolsonaro defende golpe, Congresso prepara ataques aos trabalhadores
Redação

Não bastasse as adversidades provocadas crise sanitária - que aqui no Brasil vem sendo gerenciada para impedir a baixa nos lucros das grandes empresas e salvaguardando os bancos - está em votação mais ataques aos trabalhadores. Somado ao Bolsonaro declarando apoio, abertamente, as “carreatas da morte” que além de exigirem a volta dos militares, pedem também o fim do isolamento social.

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Um dia após as comemorações do 1M, onde houve até eventos internacionais como o 1º de Maio da Fração Trotskista - Quarta Internacional, o Senado aprovou, sábado dia 02/05, projeto de lei (PL 39/2020) que irá congelar os salários de todos servidores públicos municipais, estaduais e federais por 18 meses. Com exceção dos servidores da saúde, da segurança pública e militares. Contraditoriamente, tal medida fiscal para combater a pandemia retira dos trabalhadores o direito ao reajuste salarial para auxiliar os estados e municípios, onde as principais vítimas dessa pandemia são os próprios trabalhadores. O texto do projeto foi apresentado pelo relator e presidente do Senado Davi Alcolumbre (DEM-AP) que previa um corte de 25% nos salários dos servidores.

O projeto obteve 79 votos a favor, apenas o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) votou contra e Weverton (PDT-MA) que não votou por ter presidido a sessão. Todos os 6 senadores do PT (Partido dos Trabalhadores!) votaram a favor de mais um ataque aos trabalhadores. Algo contraditório apenas ao nome do partido, mas não à suas lideranças, pois não é de agora que parlamentares do PT fazem alianças com inimigos dos trabalhadores. No ato virtual do 1M convocado pela CUT, Força Sindical dentre outras, houve a participação das figuras de FHC, Alcolumbre e Maia, principal agente da Reforma da Previdência, Reforma Trabalhista e da aprovação da Carteira Verde Amarela. Ou seja, nem as direções das centrais promovem o combate à crise a favor dos trabalhadores, o que pode ser visto aqui: Centrais sindicais apoiam os ataques aos trabalhadores de Maia, governadores e Bolsonaro.

A PL 39/2020 será apreciado pela Câmara dos Deputados Federais por ter sofrido alterações no seu texto original. A ideia de Maia o quanto antes para que a lei seja sancionado esta semana. Completa o pacote de ataques a Medida Provisória 936 (MP 936), que prevê em seu texto a suspensão do contrato de trabalho por até dois meses, e redução dos salários dos trabalhadores e de suas jornadas de trabalho por até três meses. A exemplo de como funcionará esta lei, um trabalhador ou trabalhadora que sofre redução de salário e jornada entre 25% e 49% receberá um auxílio do governo de 25% do valor máximo do seguro-desemprego, hoje R$ 1813,00. Assalariados que recebem acima de 3 mil reais serão os mais prejudicados como afirma o Congresso em Foco.

Tem se visto que todas as medidas que o governo vem seguindo para enfrentar a crise da pandemia oneram cada vez mais o conjunto da população. E como se não fosse suficiente este pacote de ataques, no último domingo Bolsonaro - em mais um ato convocando golpe militar promovido por seus seguidores - despreza as mais de 7 mil vítimas, desrespeitando e desmoralizando as medidas de isolamento social. Que embora sejam impostas por governos estaduais que acatam o desastre, diante da situação, onde 88% da construção civil continua atuando dentre outros setores; a não conversam das linhas de produção para a fabricação de respiradores mecânicos e testes; a quarentena resguarda apenas uma parcela da população. Diante da crise, nos hospitais agentes da saúde já estão expostos a dolorosa incumbência da “Escolha de Sofia”: determinar quem será deixado a morrer.

Assim como encoraja a professora Maíra Machado, tem-se que dizer “com toda força de nossa raiva e indignação neste momento: Fora Bolsonaro! Mas não caímos na armadilha de que basta que ele caia, lutamos para que Mourão vá junto com ele, assim como os militares. Batalhamos para mudar não apenas o jogador, mas as regras do jogo e lutamos imediatamente para que a crise seja paga pelos capitalistas e não pelas trabalhadoras e trabalhadores.”

 
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