A taxa de desemprego passou de 11,0% no trimestre encerrado em dezembro de 2019 para 12,2% no trimestre terminado em março de 2020. A população ocupada totalizou 92,223 milhões de pessoas. A taxa de desemprego só não subiu ainda mais porque houve aumento de 2,8% no número de pessoas na inatividade. A população inativa alcançou um recorde de 67,281 milhões no trimestre encerrado em março, 1,851 milhão a mais que no trimestre anterior.
Estes dados alarmantes são um retrato da irracionalidade capitalista que contrapõem as vidas à economia, realizando quarentenas sem testes massivos para garantir sua efetividade e propõem que os trabalhadores arquem com os prejuízos da crise mantendo os lucros patronais.
Esta realidade é ainda mais agravada pela política das centrais sindicais que tem expressões reacionárias com a Força Sindical desenvolvendo um aplicativo que ajuda os patrões a reduzir salários e demissões, mas também pela CUT e CTB que fazem suas quarentenas abandonando milhares de trabalhadores que se vem obrigados a aceitar os "acordos individuais" que resultam em demissões ou seguir trabalhando sem EPIs e com salários reduzidos.
Amanhã quando ocorrerá o 1º de Maio, dia internacional de luta dos trabalhadores, as centrais sindicais decidiram fazer um ato unificado convidando ninguém menos do que Dória, Witzel, FHC, Maia e outros inimigos dos trabalhadores que são parte da "Oposição a Bolsonaro", mas que são tão responsáveis quanto o presidente pelas mortes da Covid-19 e pelo aumento das demissões e precarização do trabalho.
Como alternativa a esta situação, nós do Esquerda Diário temos batalhado pela construção de um ato independente destes setores e apoiamos a ruptura da CSP-Conlutas e da Intersindical a esta farsa convocada pelas maiores centrais sindicais.
Defendemos que é preciso levantar fortemente Fora Bolsonaro e Mourão para construir um polo de independência de classe para que os trabalhadores possam emergir como um sujeito político nacional podendo dar resposta de fundo para crise que o Brasil é arrastado.
Como parte desta batalha, nós acreditamos que a melhor política a se levantar junto ao Fora Bolsonaro e Mourão seja a Assembleia Constituinte Livre e Soberana imposta pela luta para enfrentar toda a degradação que a democracia brasileira vem sofrendo desde o golpe institucional de 2016 e é aprofundada por Bolsonaro, a Lava Jato e os militares que cada dia mais ganham peso no regime.
Chamamos as organizações de esquerda e os trabalhadores a se somarem a estas reivindicações e construirmos um 1º de Maio classista e independente das patronais, dos governos capitalistas e das burocracias sindicais que buscam impedir que uma alternativa real dos trabalhadores possam apontar uma saída progressiva para a crise.
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