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Entidades rompem com 1M com inimigos! Por um 1M independente por Fora Bolsonaro e Mourão!
Maíra Machado
Professora da rede estadual em Santo André, diretora da APEOESP pela oposição e militante do MRT
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Desde a semana passada, viemos denunciando a linha da burocracia sindical que está organizando para este primeiro de maio um ato político virtual com a participação de políticos reacionários responsáveis pelos maiores ataques à classe trabalhadora, como Maia, Toffli, Doria, Witzel, FHC, e sem qualquer posição contra o governo Bolsonaro, ou qualquer programa para defesa dos direitos dos trabalhadores, dos empregos e das vidas em meio à pandemia. Frente a isso, fizemos chamados às organizações da esquerda a que rompessem com esse ato, e buscamos essas organizações abrindo discussões para organizarmos um 1M independente e classista, por Fora Bolsonaro e Mourão, e por um programa para que sejam os capitalistas que paguem pela crise, para colocar nossas vidas acima dos lucros deles. Também intervimos no mesmo sentido nos sindicatos de categorias em que atuamos, como o Sintusp, que aprovou essa posição, e o dos metroviários de SP, onde infelizmente ainda fomos os únicos defender essa posição.

Por isso, saudamos a posição dos companheiros ligados ao Bloco de Esquerda e Socialista do PSOL que impulsionam a plataforma Contrapoder, que ontem publicaram um editorial no mesmo sentido, e a posição das entidades que hoje anunciaram sua ruptura com o 1M da burocracia sindical e sua intenção de construir um 1M classista e independente, como a Intersindical-Instrumento de Luta e a CSP-Conlutas, cuja declaração também coloca a necessidade de lutar por Fora Bolsonaro e Mourão, e sindicatos como o Sintusp e o SEPE-RJ.

Levando em conta esses posicionamentos, reforçamos o chamado a unificarmos as organizações políticas e entidades que estão em defesa de um 1M independente e classista. O momento exige a unidade dessas forças em um ato democrático, com espaço para que cada organização expresse suas posições, e que parta de uma posição firme pelo Fora Bolsonaro e Mourão - deixando clara a necessidade de derrubar esse governo, e que não serve aos trabalhadores substituir o capitão pelo general que começou este mês homenageando o golpe militar que “derrotou a ameaça comunista”.

A convocação desse ato é também uma oportunidade para debatermos os eixos de um programa comum frente à crise sanitária, econômica e social, para que ela seja paga pelos capitalistas, não pelas trabalhadoras e trabalhadores. Com a proibição de todas as demissões, uma quarentena com licença remunerada, contra as suspensões de contrato e reduções salariais, e garantindo um salário emergencial que chegue imediatamente a todos que estão sem renda, com valor suficiente para manter uma família. Com testes massivos, leitos equipados, contratação de todos os profissionais da saúde e centralização da saúde no estado, sob controle dos trabalhadores. Com todo o financiamento necessário, a partir do não pagamento da dívida pública. Com a reconversão produtiva para garantir os insumos e equipamentos necessários.

Ao mesmo tempo, queremos seguir o debate com todas as organizações da esquerda socialista sobre a necessidade de defender um Assembleia Constituinte Livre e Soberana, condição para que o povo possa realmente decidir sobre uma saída para essa crise, pois o problema que enfrentamos não é somente um governo, mas um regime que desde o golpe de 2016 não para de avançar em sentido cada vez mais autoritário e fraudulento.

Chamamos também as organizações da esquerda que se reivindicam socialistas e revolucionárias e que até agora não se pronunciaram nesse sentido, como o MES-PSOL e a Resistência-PSOL, a também romperem com o 1M da burocracia sindical e se somarem à construção desse ato independente e classista.

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    Também no 1M, participaremos do Ato internacionalista da Fração Trotskysta, e transmitiremos o ato da Frente de Esquerda e dos Trabalhadores-Unidade, da Argentina, que será um importante exemplo de unidade da esquerda socialista e revolucionária em torno de um programa para que a crise da pandemia seja paga pelos capitalistas.

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