Enquanto o estado já chega aos quase dois mil casos de coronavírus (isso considerando que dada a subnotificação os casos podem ser 15 vezes maiores) e 60% dos leitos ocupados, Doria aproveita de crise política nacional para acobertar a situação calamitosa de colapso vivida em São Paulo.
Em todas as entrevistas e pronunciamentos, João Doria, visando se localizar como opção política já pensando nas eleições de 2022, comenta sobre a crise política dos de cima e desfere críticas contra Bolsonaro. Mas, a sua postura de "opositor" se desmorona quando vamos aos fatos.
E sobre a falta de EPI’s para a população? Sobre a ausência dos testes para planificar a quarentena? Absolutamente nada foi declarado.
Pelo contrário, o governador anunciou dia 22 um plano de retomada das atividades econômicas e reabertura.
A USP anunciou recentemente a produção de respiradores 15 vezes mais baratos e com um tempo de produção bem abaixo dos que são comprados atualmente. Sobre isso o governador também nada comenta.
Não podemos esquecer que Doria e Bolsonaro sempre estiveram e sempre estarão de mãos dadas quando o assunto for ataque à classe trabalhadora. Doria aplaudiu a MP da morte de Bolsonaro repudiada de forma acachapante pela população.
Agora tenta se colar à figura do juiz Sérgio Moro, que liderou e alargou o caminho de todos os ataques à saúde, à educação, aos empregos, como a EC do Teto de Gastos, que veio pra aprofundar o desmonte do SUS.
Não devemos confiar em nenhuma saída vinda dos de cima como Bolsonaro, Doria, Moro, militares, STF ou o Congresso.
Nesse 1° de Maio, a esquerda tem o dever de organizar um ato contra Bolsonaro e Mourão, e mostrar uma saída independente pra que a classe trabalhadora decida os rumos do país. Confira o chamado que nós do MRT e Esquerda Diário estamos fazendo e colocando as nossas forças a construir.
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