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CRISE PETROLEIRA
Nos EUA, a maior crise da história atinge petroleiros com milhares de demissões
La Izquierda Diario

À medida que os preços do petróleo despencam a nível internacional, frente à principal crise do petróleo da história, as empresas começaram a demitir trabalhadores e fechar poços.

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Apesar das tentativas da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) de minimizar os danos, reduzindo os barris produzidos diariamente, os preços do petróleo bruto continuaram a cair e, no início da semana, fecharam com valores negativos em distintas partes do mundo.

O West Texas Intermediate, por exemplo, assim como o Brent del Norte - ambas referências de valores americanas - tiveram as maiores perdas em sua história, com uma queda de mais de 35% e, no caso mexicano, a referência de petróleo bruto, que já havia perdido mais 70% de seu preço por barril, atingiu fortemente a empresa paraestatal PEMEX, cuja liquidez desapareceu e gerou novamente uma qualificação negativa por parte de agências de classificação como a Moody’s.

Em vários estados, de Montana ao Novo México e ao Texas, as empresas petroleiras estão fechando poços, cancelando projetos de escavação, cortando salários e suspendendo trabalhadores quando não diretamente demitindo.

Os grandes empresários estão se preparando para não arcar com os custos da crise petroleira, desencadeada pela pandemia de Coronavírus que afetou drasticamente a demanda por petróleo.

Mas a saída das patronais é sempre contrária às condições de trabalho e de vida dos trabalhadores. Tomam medidas tão drásticas argumentando perdas quando há apenas alguns meses a produção de petróleo nos Estados Unidos atingiu seu pico histórico mais alto, com um campo de produção nos estados petroleiros que se tornou o mais produtivo do mundo.

Isso configurou um impulso extraordinário para a economia dos EUA, uma vez que os combustíveis baratos reduziram os custos de produção, mas isso ficou muito para trás.

Diamondback, Chevron, Apache, Exxon Mobile, de acordo com a Moody’s, as empresas de petróleo dos EUA têm uma dívida de 86 bilhões de dólares que vencerá nos próximos anos, enquanto as empresas de gasodutos devem cerca de 123 bilhões.

No entanto, a política do governo Trump surpreendeu ao apostar na compra de 75 milhões de barris de petróleo para maximizar suas reservas estratégicas, aproveitando os baixos preços do petróleo. Para parecer forte, o governo assumiu uma mínima porcentagem da produção nacional de petróleo, investindo o orçamento público na compra de petróleo de empresas transnacionais nativas.

Afinal, apesar da redução de preço, a economia global é baseada em energia fóssil (hidrocarbonetos). Embora os analistas financeiros estejam apostando que a situação vai melhorar, nada parece bom para os trabalhadores petroleiros.

Como em outros países, as patronais se jogam para cortar salários e demitir para salvar seus lucros o máximo possível nesta crise sanitária e econômica, descarregando os custos de um mercado instável e de medidas draconianas frente à pandemia, nos bolsos da classe trabalhadora.

Diante da pandemia e da crise econômica, é essencial que a classe trabalhadora imponha suas próprias medidas em cada país, para priorizar as vidas dos trabalhadores em detrimento dos lucros dos capitalistas.

Proibir demissões e cortes salariais, suspender atividades não essenciais, garantir a estabilidade no emprego, dividir o trabalho entre empregados e desempregados, generalizar um salário mínimo que aumente conforme a inflação e cubra o custo da cesta básica, são medidas que podem ser financiadas se atacarmos os lucros dos capitalistas.

Além disso, é necessário lutar pela nacionalização de todo o setor industrial energético, sob o controle de seus trabalhadores e sem indenização para os grandes empregadores estrangeiros, acostumados a se beneficiar do roubo de recursos naturais.

Isso sob a perspectiva de acabar com a apropriação pelos empregadores da riqueza produzida pela classe trabalhadora, para investir esse excedente em saúde, educação e melhores condições de vida para as grandes maiorias, além do uso racional recursos, que minimize os tremendos danos ao meio ambiente causados ​​por essas grandes empresas, com o aval dos governos.

 
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