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PCdoB
Flávio Dino (PCdoB) quer reabrir comércio no Maranhão, seguindo a política pró-patronal de Doria
Redação

Na última segunda-feira (20) o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) anunciou em uma coletiva de imprensa online o fim fechamento de serviços não essenciais no estado. Essa medida prevê que os serviços como o comércio poderão funcionar a partir do dia cinco de maio.

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O governador do Maranhão, ainda na coletiva, disse que o país se mostra em uma situação favorável em relação a outros países como EUA e Espanha. Entretanto os casos de Covid-19 no Maranhão aumentam, atualmente são 1.320 casos confirmados e 66 mortes, porém, estado realizou apenas 5005 https://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2020/04/21/maranhao-chega-a-66-mortes-e-possui-1604-casos-de-covid-19-nesta-terca-21-diz-ses.ghtml testes, um número extremamente baixo e vergonhoso para um estado que apresentou em 2018 mais de 7 milhões de habitantes, demonstrando que os números de infectados por coronavírus certamente devem ser muito maiores.

A situação do país não tem nada de favorável comparado a outros países, na verdade tem uma das maiores subnotificações e sistemas de saúde colapsando antes ainda da semana do pico de contágio. Querer abrir o país agora, mesmo que parcialmente, anuncia uma catástrofe ainda maior que estamos vivendo.

O retorno das atividades não essenciais no estado em meio ao avanço da pandemia que não está perto de retroceder, mostra que uma das prioridades do governador não é com da população maranhense, como já havia mostrado quando foi o primeiro estado a aprovar a reforma da previdência a nível estadual no ano passado. Ao ceder a pressão dos empresário para que a economia continue a girar o governador mostra que a vida dos trabalhadores do Maranhão não está em primeiro plano.

Na realidade, faz parte da mesma política de Doria e Witzel, que se mostravam "enfrentados" com a política genocida de Bolsonaro de retorno à normalidade, mas que agora sinalizam para as grandes patronais nos seus estados que voltarão a fazer com que o comércio, setores não essenciais da produção e mesmo aulas (como em São Paulo), privilegiando mais do que nunca seus lucros frente a vida da população.

Negaram os testes massivos, a ampliação de leitos e respiradores, que estão levando ao colapso de hospitais e sistemas de saúde, e sequer EPIs para os trabalhadores da saúde estão garantindo, deixando inúmeros morrerem na linha de frente do combate a pandemia. Isso só acontece porque se recusaram a garantir os custos do combate a pandemia taxando os lucros das grandes empresas, as fortunas dos grandes empresários, proibindo as demissões para a crise não fosse descontada nos trabalhadores, e garantindo estudos de reconversão produtiva para a produção de todos esses itens.

Não só isso, como Flávio Dino ainda mostrou apoio aos militares, ao dizer que Brasil estaria melhor com Mourão na presidência, que já mostrou seu caráter reacionário homofóbico, racista e anti-operário, e após Mourão ter feito a declaração absurda em apoio ao golpe militar de 1964 que perseguiu e matou milhares de pessoas. A declaração de Dino, uma das principais figuras da esquerda, foi a expressão mais aguda de todos os governadores do PT e PCdoB no Nordeste de fazer coro com a aliança bonapartista-militar, apostando no Congresso e nos generais para conter o golpismo de Bolsonaro, que apenas alenta que esses outros agentes golpistas e herdeiros da ditadura possam se fortalecer. Exemplo disso é a carta assinada pelo PT, PSOL E PCB que pede a renúncia de Bolsonaro que leva a fortalecimento de Mourão.

É necessário uma resposta independente para enfrentar essa crise econômica e sanitária, sem ter confiança em Bolsonaro e sua cúpula e nem nos governadores, só os trabalhadores, a partir de seus locais de trabalho, exigindo testes massivos para toda a população, para que todos possam ter o direito de saber se estão ou não infectados, principalmente os trabalhadores da saúde, que estão na linha de frente contra o vírus. Assim como levantar uma lei contra as demissões com licenças remuneradas a todos os setores não essenciais e vulneráveis, e uma renda universal e digna aos informais (que se baseie na renda mínima calculada pelo DIESSE). Além disso, tomando a frente da reorganização da produção para a fabricação de respiradores, máscaras, álcool em gel para que possamos enfrentar frontalmente essa crise e dar uma solução a ela.

 
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