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NOSSAS VIDAS VALEM MAIS QUE O LUCRO DELES
Planos de saúde se negam a atender clientes inadimplentes durante a pandemia
Redação

Planos de saúde são contrários a atender clientes inadimplentes durante a pandemia, mesmo tendo acesso ao valor de 15 bilhões para arcar com possíveis despesas. Seus principais representantes estão pressionando o governo para a derrubada desta obrigação, com a justificativa de que ela incentiva a inadimplência, o que levaria o setor a falência. Tal ação mostra novamente como lucro, para os grandes empresários, está acima da vida da população.

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A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou, no começo do mês, a liberação de R$ 15 bilhões para que as operadoras de planos de saúde possam cobrir despesas assistenciais, como hospitais, com a contrapartida de manterem o atendimento a clientes inadimplentes e continuidade de pagamento a prestadores de serviços. As empresas têm até o dia 24 para assinarem o termo.

Grandes conglomerados como a Abrange, FenaSaúde e Unimed Brasil, que representam 80% do setor, enviaram um ofício ao governo pedindo que cancelem as multas com a ANS, com a justificativa de que utilizaram o recurso para ampliar atendimento durante a pandemia.

Essas empresas que mantêm um reajuste no valor dos planos maior do que os índices de inflação a 16 anos e que dividem praticamente 50% dos leitos de UTI com o SUS, que já lucraram anos e anos com os problemas de saúde da população, agora, em plena pandemia e crise capitalista mundial, escancaram ainda mais que para eles seus lucros valem mais que nossas vidas.

Por isso, é mais do que urgente a centralização e unificação de todo sistema de saúde público e privado, e que este seja gerido pelos trabalhadores da saúde e pela população, para assim ampliar os leitos de UTI e reduzir a sobrecarga de trabalho. Cabe também a luta por comitês de segurança do trabalho para garantir a salubridade para as trabalhadoras que estão na linha de frente do enfrentamento a pandemia. São os trabalhadores e trabalhadoras dos hospitais e serviços essenciais que mostram que são eles que de fato estão interessados em salvar vidas, ao contrário dos bilionários da saúde privada que preferem nos ver morrer a diminuir seus lucros. Concomitantemente à exigência de reestruturação do setor da saúde, deve ser exigida a readequação da produção, de modo que todos os equipamentos e EPI’s necessários sejam disponibilizados.

 
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