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O CAPITALISMO NÃO DÁ MAIS
Com aglomerações, Vale é responsável por morte de trabalhador com suspeita de Covid-19
Redação

Antônio Pereira de Sousa, 45, morreu com suspeita de Covid-19 no último domingo (19). Mecânico, trabalhava na Mina de Manganês da Vale no sudeste do Pará. Segundo colegas de trabalho, a empresa vem ignorando medidas de preservação da saúde dos mineradores, obrigando-os a frequentar aglomerações no trabalho.

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Desde o dia 18 de março o funcionário estava afastado do trabalho, sua esposa também está internada com suspeita. Trata-se de mais um caso envolvendo a doença na multinacional brasileira.

De acordo com reportagem do Brasil de Fato, Evaldo Fidelis, operador de equipamentos na mina da Vale em Carajás que trabalha em turnos de 12 horas, a empresa mantém suas atividades normalmente sem nenhum tipo de distanciamento social ou fiscalização.

"Se tu fores fazer uma avaliação só de um turno, é essa margem 500 pessoas ou mais, porque ainda têm as terceirizadas. Ou seja, um aglomerado de pessoas entre homens e mulheres", relata.

Ele deu entrada dia 7 de março no Hospital Yutaka Takeda com sintomas de pneumonia. Retornou dia 19, foi encaminhado para Belém, foi internado e veio a óbito. A sua esposa continua internada com sintomas de covid-19", disse Fidelis sobre seu companheiro de trabalho.

Outro trabalhador da Vale, de 42 anos, morreu com contomas da doença, trabalhava na Usina de Beneficiamento Serra Norte e não tinha histórico de problemas de saúde

A Vale, em nota, coloca cinicamente que lamenta a morte de seu empregado, e que se solidariza com os familiares, colegas de trabalho e amigos, e segue adotando todos os procedimentos e esforços no combate ao novo coronavírus. Esta gigantesca multinacional que provocou desastres como o de Brumadinho que causou a morte de centenas de trabalhadores não merece a mínima confiança dos trabalhadores. O relato que denuncia aglomerações, assim como as mortes suspeitas de Covid-19 que já ocorreram entre seus funcionários é exemplo do descaso da empresa com os trabalhadores.

É necessário que as atividades não essenciais da mineradora, que não tenham relação com o combate a pandemia, sejam reduzidas ou paralisadas se assim decidirem os funcionários da própria empresa, que estão colocando sua vida em risco para produzir lucros para os patrões. A proibição das demissões e garantia de afastamento dos trabalhadores dos grupos de risco com 100% do salários e direitos garantidos são pautas mínimas para a proteção da vida e dos empregos dos mineradores.

 
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