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Skaf e Fiesp querem reabrir creches e escolas enquanto o sistema de saúde colapsa
Redação

Enquanto as mortes por COVID-19 aumentam exponencialmente e os sistemas de saúde entram em colapso como em Manaus e no estado do Ceará por exemplo, a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) sugere um plano de de retomada da atividade econômica iniciando por creches e escolas. Em um momento em que as mortes dobraram de uma semana para outra, de 1200 para 2500, Paulo Skaf (MDB) presidente da Fiesp assina esse plano genocida começando pelas crianças.

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Nesse domingo (19) o estado de São Paulo ultrapassou a marca de mil mortes por COVID-19. A taxa de ocupação das UTIs dos hospitais mais procurados na capital varia de 78%, percentual registrado no Hospital Geral da Itapevi, a 100%, valor verificado na UTI do Hospital Emílio Ribas, segundo a Secretaria Estadual da Saúde. É nesse cenário que os parasitas do comércio e indústria querem a volta ao normal das atividades em 45 dias, segundo o documento assinado por Skaf, a começar pelas creches e escolas.

Paulo Skaf se apoia nas carreatas e manifestações por intervenção militar de ontem (19), marcadas pela tosse de Bolsonaro e agressões no Rio Grande do Sul. A Fiesp se mostra uma grande aliada de Bolsonaro dando continuidade à disputa eleitoral de 2018 (de olho em 2022) de Skaf com Dória que lidera, junto com outros governadores, o movimento pela continuidade do isolamento nos marcos de que se investe mais em covas abertas e containers frigoríficos do que equipamentos de proteção individual para os trabalhadores da saúde, testes massivos ou novos leitos e respiradores.

Primeiramente é importante frisar que o isolamento social deve ser organizado de forma racional com testagem massiva da população. A indústria deve ser voltada para o combate da pandemia, deixando de produzir coisas inúteis para fabricar tudo o que os trabalhadores da saúde e outros setores essenciais precisam, como EPIs, respiradores, ventiladores pulmonares etc. Os leitos de todos os hospitais privados devem estar disponíveis de forma gratuita para a população, bem como muito mais leitos devem ser criados utilizando toda a rede hoteleira disponível. Porém não será a burguesia que irá levar essa política de combate a pandemia à frente. Nem o congresso com Maia, nem o STF, nem os governadores e muito menos os militares ou Bolsonaro. Eles pouco se importam com nossas vidas, querem apenas garantir os lucros dos patrões custe o que custar. Somente nós trabalhadores podemos dar uma resposta de fundo a essa crise, de modo a salvar milhares de vidas e reordenar esse mundo de miséria criado pelo sistema capitalista.

Com auto-organização em cada local de trabalho devemos lutar pela estatização de todo o sistema de saúde sob controle dos próprios trabalhadores que estão na linha de frente do combate ao novo coronavírus, ocupar fábricas para tomar nas mão a produção que deve deixar de estar em função dos lucros dos patrões para estar a serviço da saúde, desapropriar hotéis para a criação de novos leitos. Ao mesmo tempo, contra toda a retalhação de nossos direitos com as reformas e emendas constitucionais devemos levantar um grande movimento para que seja o povo que decida lutando por uma constituinte livre e soberana com representantes eleitos pelo próprio povo.

 
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