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Liderança indígena é assassinada em RO; invasões e assassinatos seguem em alta com Bolsonaro
Redação

Ari Uru-eu-wau-wau foi o segundo indígena morto violentamente em menos de 20 dias. O militante indígena Zezico Rodrigues, do povo Guajajara, foi morto com um tiro de espingarda, no dia 31 de março, no município de Arame, no Maranhão.

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A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) divulgou no final da tarde desse sábado (18) o assassinato do indígena Ari Uru-eu-wau-wau, no município de Jaru, em Rondônia. Esse povo é um dos nove – dos quais quatro permanecem isolados – que habitam a Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau.

Segundo a nota da Apib, ele integrava o grupo de vigilantes e protetores do território do seu povo e estava ameaçado pelos criminosos responsáveis pelas invasões e devastações na região. Ainda não há informações sobre as circunstâncias e a autoria do crime.

A Apib destaca que o crime ocorre em um momento delicado para os povos indígenas, em que se busca "intensificar ações de proteção" por conta do risco de contaminação em meio à pandemia do coronavírus no Brasil.

"Não estamos expostos apenas ao coronavírus, os crimes cometidos por madeireiros, garimpeiros e grileiros seguem intensos violando nossos direitos e destruindo nossa natureza."

Esse assassinato é mais uma comprovação da política genocida de Bolsonaro, que atende aos interesses dos ruralistas. Durante o ano de 2019 testemunhamos um recorde dos assassinatos de lideranças indígenas, fruto da política de ódio de Bolsonaro e favorecimento dos ruralistas. Mesmo agora durante a pandemia, vemos que esses latifundiários não estão dispostos a trégua, e buscam avançar na invasão dos territórios indígenas.

Ari Uru-eu-wau-wau foi o segundo indígena morto violentamente em menos de 20 dias. O militante indígena Zezico Rodrigues, do povo Guajajara, foi morto com um tiro de espingarda, no dia 31 de março, no município de Arame, no Maranhão.

De acordo com um levantamento do Instituto Socioambiental (ISA), em 2019, a área dos Uru-Eu-Wau-Wau esteve entre os 13 territórios que respondem por 90% do desmatamento em terras indígenas na Amazônia brasileira.

O ISA compilou dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) para estimar que as derrubadas cresceram 113% em território indígena em relação a 2018.

A liberação de posse de arma no campo por Bolsonaro, ou seu manifesto desejo de legalizar o garimpo em áreas indígenas são algumas das evidências do fomento do presidente reacionário ao genocídio da população indígena.

Em meio ao Dia do Índio somos mais uma vez obrigados a noticiar mais uma triste morte. Nos solidarizamos às tribos indígenas que seguem sua luta de resistência contra o coronavírus e contra as invasões de terra e assassinatos.

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