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CORONAVÍRUS
Sem testes massivos, Brasil em pior cenário já pode ter 15 mil mortes subnotificadas
Redação

Em um novo estudo realizado pelo Observatório COVID-19 BR as mortes subnotificadas no Brasil podem atingir números alarmantes. Pesquisas e mais pesquisas mostram cada vez mais a necessidade dos testes para planificar a quarentena. Nós do Esquerda Diário, todos os dias, estamos levantando a necessidade da realização dos testes massivos já!

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Um novo estudo realizado pelo Observatório COVID-19 BR, que conta com a colaboração de pesquisadores de diversas universidades públicas pelo Brasil e também de universidades estrangeiras, afirma que o Brasil pode ter ao menos o dobro de mortes do que expressam as estatísticas oficiais do governo. O estudo foi feito com dados disponibilizados pelo Ministério da Saúde até a última quarta-feira (15), quando o país registrava 1.736 mortes. Com base neste número, o Brasil já poderia ter entre 3.800 mortes, chegando, no pior dos casos, até 15.600 mortes.

O estudo apontou que mais da metade das mortes (53%) causadas pelo novo coronavírus demoram 10 dias ou mais para serem notificadas, e se baseou neste número para calcular a quantidade de mortes possíveis já que os resultados dos exames demoram a sair. Para os cálculos, foi utilizado o nowcasting, um modelo de estimativa do presente olhando o passado recente. A projeção leva em conta quantos óbitos devem existir considerando-se uma distribuição de atrasos.

Com esses dados, o observatório projetou dois cenários. No mais conservador, em que óbitos demorariam até dez dias para ser informados, o país teria cerca de 122% a mais de mortes do que o divulgado. Usando os dados de 15 de abril, isso levaria ao cálculo de cerca de 3.869 óbitos, ou seja, 2,3 vezes o número anunciado oficialmente na ocasião: 1.736. Em um cenário em que mortes por coronavírus demoram até 20 dias para serem contabilizadas, o estudo projeta que o país teria pelo menos 801% mais de óbitos, ou seja, cerca de nove vezes os dados oficiais. Assim, o país poderia ter já mais de 15.648 mortes.

É um verdadeiro extermínio social. Enquanto isso, Bolsonaro e governadores assistem ao colapso do SUS enquanto a saúde privada mantém seus lucros à custa da saúde da população. Não há testes massivos, não há leitos em UTI’s, os trabalhadores da saúde sofrem com a falta de máscaras, EPI’s...

Não podemos depositar nenhuma confiança nesses capachos da burguesia, muito menos nos governadores, Maia ou o STF, muito menos nos militares, que historicamente são o setor social mais abjeto e reacionário e que tem assumido cada vez mais protagonismo nas decisões do governo.

Devemos depositar confiança em nossas próprias forças para impor pela luta uma saída da classe trabalhadora e dos setores oprimidos. Para não ser os trabalhadores e os mais pobres a pagarem por esta crise com suas vidas, é necessária a disponibilização de testes massivos, materiais de prevenção, ampliação de leitos e respiradores à toda a população, assim como proibir as demissões e garantir o pagamento de R$2.000,00 a cada trabalhador desempregado ou que não esteja recebendo para garantir sustento a todos.

 
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