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MINISTÉRIO DA SAÚDE
Nelson Teich, novo ministro da Saúde, é bolsonarista e empresário da saúde privada
Redação

Após a demissão de Luiz Henrique Mandetta, Bolsonaro anunciou o empresário Nelson Teich para o cargo de ministro da Saúde. O novo ministro participou da campanha eleitoral de Bolsonaro em 2018 e fez carreira em empresas do “ramo” da saúde, lucrando com a privatização desse direito.

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Apesar das diversas projeções e análises de cientistas mostrarem um cenário catastrófico se aproximando para o Brasil – que já tem 1.924 mortes e 30.425 casos confirmados, lembrando que há pesquisas que mostram uma imensa subnotificação – Nelson Teich afirmou em artigo recente que “a condução até o momento foi perfeita”.

Nelson Teich é nascido no Rio de Janeiro. Formou-se médico pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e se especializou em oncologia no Instituto Nacional de Câncer (Inca). É sócio da Teich Health Care, uma consultoria de serviços médicos, e tem uma longa carreira em empresas que lucram sobre o direito básico da saúde da população. Em 1990 fundou o Grupo Clínicas Oncológicas Integradas (COI), que foi comprada pela gigante UHG/Amil. Também foi sócio no MDI Instituto de Educação e Pesquisa.

Teich atuou informalmente como consultor na campanha presidencial de Bolsonaro. Ele tinha trânsito no chamado grupo dos generais, chefiado pelo hoje titular do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, e com o economista Paulo Guedes.

Em pronunciamento hoje, Teich disse ter total alinhamento com o presidente Jair Bolsonaro e disse querer trabalhar para que a sociedade retorne de forma cada vez mais rápida para uma vida normal. Além disso, o novo ministro da saúde disse que “saúde e economia não competem entre si”, uma retórica que parece se aproximar de Bolsonaro mas que do ponto de vista da política adotada para a pandemia é continuação de um alinhamento com Mandetta e os militares.

Frente à gestão de Mandetta e dos governadores, incapazes de garantirem o mínimo no combate à pandemia, como testes massivos para aferir e conter o contágio e para tratar os doentes, equipamentos de proteção para os trabalhadores da saúde, aumento dos leitos para internação, o novo ministro afirmou que: “Pacientes e Sociedade foram priorizados e medidas voltadas para o controle da doença foram tomadas”.

Não podemos deixar de enxergar o papel cada vez mais proeminente dos militares nas decisões do governo, buscam limitar o extremismo de Bolsonaro que defende a reabertura de comércios, estimula manifestações, jejuns e inclusive vai às ruas para dar o exemplo para seu séquito de apoiadores. Mas ao mesmo tempo não desejam uma figura como Mandetta que se mostrava abertamente crítico da postura obscurantista de Bolsonaro, preferem uma figura mais obediente que não prejudique a imagem do presidente e que siga linha de afrouxamento gradual da quarentena enquanto seguem atacando os trabalhadores e beneficiando empresários.

Como mostramos nesta e nesta matéria, Mandetta tampouco era um exemplo de um combate “racional” ou conseqüente do Coronavírus que continua vitimando centenas de pessoas por dia e que já chegou a 1.924 mortes oficiais, isso sem contar os casos de morte sem notificação. Mandetta foi um dos principais defensores da privatização do SUS e pelo sucateamento da saúde pública que nos deixou nesta situação de extrema fragilidade frente a pandemia, vestindo o colete do SUS hipocritamente, e agora Nelson Teich promete seguir a mesma linha por seguir as políticas neoliberais de privatização, marca do governo Bolsonaro.

Frente à situação de barbárie a que está exposta toda população durante a pandemia, principalmente a classe trabalhadora e o povo pobre, nós do Esquerda Diário temos levantado a necessidade de que parem de mentir e nos enrolar e que sejam garantidos testes massivos para que se estabeleça uma quarentena racional, que não sejam os trabalhadores que paguem pela crise econômica capitalista que o congresso aproveita para aprofundar com mais ataques como o contrato verde amarelo, que se proíbam todas as demissões e as reduções salariais e um auxilio emergencial de pelo menos 2 mil reais para todos os trabalhadores sem renda ou desempregados.

 
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