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CORONAVÍRUS
50% de pacientes em estado grave em SP é consequência de péssimas condições de vida e trabalho
Redação

Segundo estatísticas levantadas pela Secretaria Estadual da Saúde, metade dos casos graves de covid-19 no Estado de São Paulo ocorreu em pessoas com menos de 60 anos, ou seja, pessoas que não são idosas. Das 2.355 pessoas que foram hospitalizadas em São Paulo com problemas respiratórios graves causados pela doença, 1.193 tinham idade inferior a 60 anos.

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Segundo estatísticas levantadas pela Secretaria Estadual da Saúde, metade dos casos graves de covid-19 no Estado de São Paulo ocorreu em pessoas com menos de 60 anos, ou seja, pessoas que não são idosas. Das 2.355 pessoas que foram hospitalizadas em São Paulo com problemas respiratórios graves causados pela doença, 1.193 tinham idade inferior a 60 anos.

Em entrevista dada ao Estadão, José Eduardo Afonso Jr., pneumologista do Hospital Israelita Albert Einstein, afirma que por mais que parte desses casos em pessoas não idosas seja em pacientes com doenças crônicas, de fato há uma grande quantidade de casos em pacientes jovens e saudáveis. Ainda segundo o especialista, o grande problema é no caso de uma pessoa que tem capacidade de responder bem à infecção não ter acesso ao tratamento adequado, aos respiradores e leitos, o que faz com que o seu risco de morte seja igualado ao de uma pessoa do grupo de risco.

O Ministério da Saúde também apontou que no Brasil 25% das vítimas de covid-19 não são do grupo de risco, enquanto em outros países essa porcentagem é bem inferior, como a Espanha, segundo em número de óbitos, onde a taxa de pessoas mortas, com esse perfil, é de 4,6%. Tanto esse dado quanto o anterior evidenciam como a barbárie da desigualdade existente no Brasil tem seus reflexos na saúde da classe trabalhadora, como a terceirização, a uberização, a precariedade da população mais pobre, além da falta de condições básicas, como saneamento básico e água corrente em regiões periféricas e de favelas, são elementos que aprofundam a crise. Além disso, podemos considerar que esse número seja inferior ao número real, uma vez que não estamos recebendo testes massivos e temos uma alta taxa de subnotificação de infectados.

O discurso negacionista de Bolsonaro, que defende uma quarentena vertical, apenas com o isolamento de pessoas do grupo de risco, é ainda mais irresponsável num cenário como no Brasil, com cada vez mais infectados fora do grupo de risco. Além disso, não podemos cair na lábia de Dória, Maia e os militares, que, além de serem autores de diversos ataques à juventude e aos trabalhadores, têm levantando, quase que, exclusivamente, o isolamento social, sem disponibilizar a quantidade necessária de leitos e a disponibilização de testes massivos.

É essencial que seja disponibilizado testes pra qualquer pessoa que queira ser testado, de forma que os infectos possam ser isolados e tratados devidamente. Além disso, evidencia-se cada vez mais a ineficácia do sistema econômico neoliberal em responder à crise. Precisamos travar uma luta pela proibição das demissões durante o período da crise sanitária e pela readequação do sistema de produção, que deve ser voltado exclusivamente para as necessidades da população. Nossas vidas valem mais o que o lucro deles!

 
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