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MERENDA
“Vale Merenda” de Dória não sai do papel e crianças ficam sem o mínimo para se alimentar
Redação

Dória havia anunciado no dia 26 de março uma proposta de “Vale Merenda” pago aos familiares de alunos da rede pública após a suspensão das aulas por conta do coronavírus. Além do valor irrisório de R$ 55, que não cobre 10,5% do valor de uma cesta básica em SP, fazem duas semanas que o governador anunciou a medida e nenhum centavo entrou no bolso dessas famílias.

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Dória, que aparece como “gestor responsável” da pandemia frente ao negacionismo grotesco e genocida de Bolsonaro, permite tanto quanto ele que a população passe fome enquanto salva os lucros dos patrões. Assim como o “auxílio emergencial” de Bolsonaro e Mandetta, no valor de R$ 600, que até agora não chegou e excluiu 21 milhões de trabalhadores, o “Vale Merenda” de Dória sequer foi liberado, deixando 700 mil alunos ao léu da pandemia.

O valor será oferecido através de um cartão-vale, entregue pelos Correios. Segundo a Secretária de Educação do Estado, o calendário de pagamento será estabelecido hoje, e não deu previsão de quando o dinheiro irá chegar às famílias. Enquanto isso, famílias ficam sem ter condições de comprar alimentação básica.

Na realidade, os R$ 55 oferecidos pelo governador são migalhas de pão para essas famílias, pensando que, segundo o DIEESE, uma cesta básica no estado custa em média R$ 518. Ou seja, o Vale Merenda não corresponde a 10,5% desse valor. Não é de estranhar esse tipo de atitude de Dória, o mesmo que tentou enfiar goela abaixo dos estudantes uma ração humana no lugar da merenda para baratear gastos e oferecer redução de impostos para empresas que “doassem” os restos de alimentos usados na produção dessa ração.

Aí mostra o quão Doria e Bolsonaro não são assim tão diferentes. Ambos estão privilegiando garantir com que a “economia” dos empresários e capitalistas seja salva, enquanto famílias trabalhadoras possam amargar na fome e no desemprego.

Enquanto parecia se enfrentar com Bolsonaro quanto às medidas sanitárias de combate ao vírus, pedia para os empresários paulistas não demitirem, mas apoiou efusivamente a MP da Morte, que em nada impede demissões e estão ocorrendo livremente no país. Na verdade barateia para o patrão demitir, e ainda incentiva a suspensão de contrato, com o governo bancando parte dos salários.

Saiba Mais: MP da morte 2.0: entenda porque a nova medida é um enorme ataque aos trabalhadores

É inaceitável que os lucros capitalistas sigam sendo salvos enquanto aumenta a fome das famílias, enquanto os alimentos encarecem nas prateleiras. Devemos exigir que o Estado forneça alimentação suficiente para essas crianças, garantir que sejam entregues cestas básicas ou até mesmo a distribuição diária de marmitex na casa dos alunos através dos serviços de entrega do governo.

Não dá para aceitar o argumento de que faltam recursos, enquanto as grandes empresas mantêm seus lucros intocados e não falta nada para os ricos e patrões nos seus palácios. Que suas riquezas sejam taxadas, pois é inaceitável que as famílias trabalhadoras tenham que racionar alimentos e outros itens, que sequer estão em falta nos mercados, mas para que seja garantido uma renda mínima de R$ 2000 (média salarial no país) para todas essas famílias.

 
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