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CORONA VÍRUS SP
SUS na capital paulista deve se esgotar em 2 semanas. É preciso estatizar a saúde privada!
Redação

O sistema municipal de saúde da capital paulista estará lotado em duas semanas. Mesmo contando com os leitos que estarão disponíveis nos dois maiores hospitais de campanha do país o sistema deve chegar em seu limite até o final da quinzena. É urgente a centralização do sistema de saúde privado para o combate à COVID-19.

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A prefeitura de São Paulo prevê abertura do Hospital de campanha do Anhenbi para a próxima quinta (09), mas mesmo contando com seus leitos o sistema deve estar sobrecarregado uma semana após sua abertura.

O HMCamp do Anhembi terá 887 leitos, dos quais apenas 64 serão de UTI e o restante, 823, de baixa e média complexidade, o que deve desafogar os hospitais por algum tempo, mas não o suficiente para salvar o máximo de vidas possível. O fato de ser uma unidade que em sua maioria será para casos de média e baixa complexidade aponta o problema de fundo que é a falta de leitos de UTI, preparados com respiradores e todo o suporte necessário para os pacientes graves.

A falta de leitos de UTI é um problema anunciado desde os primeiros dias em que a pandemia chegou ao Brasil, mas os governos apenas tentam maquiar a tragédia com a construção de hospitais de campanha que nem mesmo concentram grande volumes de leitos de UTI, enquanto é o sistema privado de saúde que mais concentra essa estrutura.

Em todo o país a média de leitos de UTI é de 2,1 a cada 10 mil habitantes, sendo que destes, no SUS resta apenas 1 a cada 10 mil. O problema é que 75% dos brasileiros usam o SUS e só 25% têm plano de saúde, onde a proporção de leitos é de 4,8 por 10 mil segurados.

A barbárie exposta pela pandemia escancara a necessidade de estatização da rede privada de saúde e sua centralização para o combate ao corona vírus, para que não sejam os trabalhadores e o povo pobre os primeiros a morrerem por falta de leitos no SUS.

E isso não é o bastante, porque mesmo com medidas como essa, que já foram tomadas em países como a Espanha por exemplo, a falta de insumos hospitalares como os mais básicos materiais de proteção para os profissionais ou mesmo os respiradores, que são itens essenciais para salvar os pacientes graves, geram preocupação.

Porém, muito diferente do que alegam os governos e empresários de que faltam recursos financeiros ou há problemas de distribuição da produção desses itens, há saída. Se estamos em guerra contra o vírus, como a mídia gosta de dizer, é preciso que se tomem medidas de economia de guerra, onde plantas fabris que hoje seguem produzindo itens inúteis para o combate a doença puramente para o lucro dos capitalistas, passem por uma reestruturação e produzam respiradores e todo tipo de insumo hospitalar necessário.

Os trabalhadores de vários cantos do mundo vem demonstrando que se for pra seguir trabalhando para salvar vidas farão com orgulho e são eles os únicos que poderão controlar a produção para que ela seja de fato destinada ao combate a doença e não aos lucros do mercado.

 
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