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EMPRESÁRIO EXPÕE TRABALHADORES
Dono da rede Becker defende fechamento do Congresso e trabalhadores sigam expostos à COVID-19
Redação

Eleonor Becker, dono do Grupo Becker, conglomerado que conta com 257 lojas e emprega diretamente 4.800 trabalhadores. Ele também defendeu um golpe, com o fechamento do Congresso.

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Eleonor Becker, dono do Grupo Becker, conglomerado que conta com 257 lojas e emprega diretamente 4.800 trabalhadores, indignado mandou um áudio para o governador do RS, Eduardo Leite e ao presidente da Assembleia Legislativa, Ernani Polo, em que dizia:

“A chave da minha empresa está aqui disponível. A hora que vocês quiserem pegar a chave da empresa que nós construímos no suor de 60 anos, podem vir aqui que eu entrego a chave para o governador e o presidente da assembleia administrar”

Ainda numa entrevista para uma rádio, falou que estava sendo articulado um golpe contra o presidente Bolsonaro e de maneira raivosa vociferou que era preciso botar ordem e fechar o congresso. Na entrevista também disse que a roda não poderia parar e tinha que seguir girando e que o grande problema eram os governadores do RS, SC, PR, RJ que querem derrubar o presidente e não estão preocupados com as pessoas passando fome.

Ele ainda usou o exemplo da empregada doméstica que trabalha em sua casa dizendo que ela pediu que não fosse demitida e afirmou que seguia com suas lojas abertas e que fecharia só à partir do momento que Eduardo Leite publicasse o decreto e assim daria férias coletivas de 15 dias aos funcionários.

O ódio com que se expressa esse burguês no áudio contra as medidas de quarentena, é claramente de quem não se importa com a vida da classe trabalhadora, pelo contrário, usa discursos demagógicos e hipócritas dizendo que tem que garantir os empregos mas é da laia dos bolsonaristas que querem deixar os trabalhadores e trabalhadoras à sorte diante da Pandemia para manter seus lucros. São os mesmos que junto também com os golpistas, defendem as reformas, como a reforma da previdência, reforma trabalhista, e apoiam a MP da morte do Bolsonaro que autoriza cortes de salário de até 100% e suspensão de contratos.

Apesar de Bolsonaro dar um recuo tardio da posição negacionista em que dizia que se tratar apenas de uma “gripezinha” e que a população deveria voltar à normalidade, seu rechaço segue se expressando pelos panelaços dessa semana. Bolsonaro chama uma unidade dos três poderes pra tentar conter seu isolamento social e expressar que sua principal preocupação é com a saúde das pessoas. Mas são empresários parasitas como Becker, que é parte de uma base bolsonarista órfã do discurso de normalidade anterior do Bolsonaro, que o presidente mantém sua legitimidade entre setores empresariais.

É importante lembrar que ao mesmo tempo o discurso dos governadores sobre o isolamento social para nada garante testes massivos para os trabalhadores para poder fazer uma quarentena de fato planejada, pelo contrário, estes também estão à favor das reformas e também dos cortes nos direitos trabalhistas enquanto querem passar a imagem de estarem fazendo um grande serviço em defesa da saúde do povo trabalhador. No caso do RS, o governador Eduardo Leite em meio à pandemia, descontou valores altíssimos dos salários dos educadores, não pagando o restante das férias e ainda promovendo o corte institucional do ponto dos grevistas.

Como viemos dizendo, são eles ou nós que pagaremos com essa crise econômica que se intensifica mais ainda com o COVID-19. Não devemos depositar confiança em nenhum dos governos e capitalistas que não podem esforços para manter seus lucros mesmo que custe a vida dos trabalhadores e condições miseráveis de trabalho e fome de milhares de famílias brasileiras.

 
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