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Situação devastadora no Equador por causa da COVID-19
Yara Villaseñor

Centenas de mortos, necrotérios superlotados, multidões em hospitais e desespero. É assim que o governo do Equador está deixando o país diante do coronavírus.

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As imagens da situação do Equador são impactantes. Ruas vazias e hospitais lotados no marco do toque de recolher imposto pelo governo de Lenin Moreno. A quantidade de infectados supera 2240 pessoas, e a falta de testes rápidos para detectar a COVID-19 impede que o número real de mortos esteja de acordo com a realidade.

#Equador #Guayaquil, a dituação com a pandemia do #CORONAVIRUS tem se tornado muito crítica. Nos hospitais NÃO há espaço para tantos doentes, enquanto algumas pessoas deixam cadáveres, literalmente, na rua.

#Equador vive um pesadelo de terror e desespero. Autoridades em #Guayaquil não sabem o que fazer com a quantidade de falecidos. Fala-se sobre a preparação de uma vala comum.

Equador está em segundo lugar, depois do Brasil, em mortes, mas com uma população muito menor. Foram contabilizados mais de 450 corpos nas ruas e casas devido ao colapso dos necrotérios. Diretamente, o serviço funerário, básico para ajudar a conter o vírus, tem optado deixar de recolher os corpos.

#Equador Usuários denunciam nas redes sociais que, na cidade de #Manta estão tirando mortos escondidos dos hospitais. #OPiorGovernodaHistória #CoronavirusEquador

Ficará para a história.
Em #Guayaquil, #Equador, familiares de faleicidos pela COVID-19 queimam seus mortos nas ruas, porque o governo não gerencia rapidamente a transferência.

Nas redes sociais, denunciam que, no caso dos hospitais, os trabalhadores da saúde são obrigados a retirar os corpos escondidos, demonstrando como as pessoas contagiadas que falecem não são atendidas como deveriam para evitar a propagação do vírus.

Entretanto, o governo segue jogando a responsabilidade na população que hoje enfrenta a pandemia. Mas os culpados são os políticos que, a serviço dos empresários, tem desmontado durante anos o sistema de saúde que e hoje está em colapso, implementaram cortes no setor e precarizaram as condições de trabalho dos profissionais da saúde.

Frente a isso, a população começou a queimar os corpos dos falecidos. Nos bairros pobres, assim como nos hospitais, os abutres começaram a rondar.

Os médicos voluntários andam pelas ruas das principais cidades, como Guayaquil, distribuindo máscaras e álcool em gel, mas a população de rua e os doentes caem nas ruas.

#SOSGuayaquil Acontece no Equador, os necrotérios estão em colapso, e os cadáveres das pessoas falecidas por #coronavirus não são atendidos como oriente a @opsoms para evitar a propagação do vírus, quanta indolência pode existir em um regime ditatorial.

Apesar de fazer dez dias da declaração do governo de que está a ponto de receber apoio econômico como declarou o ministro das finanças, esses recursos não são vistos. As condições são brutais para a população pobre e trabalhadora.

É muito lamentável o que está acontecendo no Equador, vou me concentrar em Guayaquil, minha bela cidade, dia a dia morre gente, não 3 ou 4 pessoas, mas dezenas! #CoronavírusEquador #Covid19Ec #OPiorGovernodaHistória #SOSEcuador #OMS

Os policiais têm sido destinados a recolher corpos de falecidos, declarando ter deslocado 308 corpos nesta última semana. Porém, também estão envolvidos no deslocamento e abandono de corpos nos bairros pobres e operários.

Que triste o tratamento dado às pessoas.
População de #Guayaquil, Equador, denunciam que a polícia vai deixando as pessoas em caixões pelas ruas, quando o governo de Lenin Moreno havia anunciado que os mortos pela COVID-19 seriam cremados. #CoronavírusEquador

No marco dessa terrível crise social e sanitária, as grandes empresas nacionais estão aproveitando para seguir fazendo negócios, cortando serviços básicos como água, luz e internet, enquanto o governo segue priorizando os apoios e acordos com a iniciativa privada, deixando a população mais pobre a mercê de sofrer as consequências da pobreza, da precarização e do desmonte do sistema de saúde, que significou o liberalismo.
Como se fosse pouco, longe de frear os ataques à classe trabalhadora que já vive uma epidemia, o governo de Lenin Moreno anunciou um duro corte ao gasto público, que golpeou milhares de trabalhadores estatais. Isso poucos meses depois de um levante popular contra as medidas do governo nacional.

Diante da terrível situação que se vive no Equador, é urgente impor um plano de emergência, que coloque todos os recursos do estado a serviço de enfrentar a crise sanitária, aumentando o orçamento da saúde e garantindo plenas condições de trabalho e sanitárias para os trabalhadores.

Os empresários devem ser obrigados a pagar impostos extraordinários como medida mínima para obter recursos suficientes para que os hospitais ofereçam testes rápidos distribuídos massivamente para detectar o contágio da COVID-19, assim como para financiar um “salário de quarentena” que cubra os custos de uma cesta básica.

As empresas de serviços devem isentar as dívidas e pagamentos dos usuários enquanto durar a pandemia. Além disso, as demissões devem ser proibidas, os salários integrais de toda a população precisam ser garantidos e deve se discutir como enfrentar o desabastecimento de insumos, confiando o controle da produção à organização independente dos trabalhadores para que as indústrias, como têxtil e alimentícia, se coloquem à serviço das necessidades da maioria.

Tradução: Victoria Santello

 
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