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CORONAVÍRUS
Presos denunciam esgoto ao céu aberto, higiene precária e exposição ao coronavírus
Redação

Presos do Presídio de Mongaguá (SP) gravaram vídeos e fotos denunciando péssimas condições de higiene.

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Em vídeo, presos da penitenciaria CPP (Centro de Progressão Penitenciária) de Mongaguá, denunciam a maneira precarizada em que vivem. Em uma penitenciaria antiga e sem manutenção são mantidos sem água para alimentação e para higiene. As pias não tem ligação com encanamento e, portanto, não funcionam, os chuveiros não tem água, de modo que os detentos não podem fazer sua higiene. No mesmo vídeo, os presos mostram colchões em péssimas condições, se desfazendo, com espumas finas e aos farrapos, nos quais os presos dormem ao lado dos banheiros, com descargas que não funcionam, ficando expostos a fezes por horas.

Fica evidente o nível de precarização a que estão expostos os presos, onde não há proteção contra doenças como o corona vírus, que pode se manter vivo em superfícies por horas, como agravante, conforme o Portal G1 existe ao menos um caso confirmado de corona vírus no sistema penitenciário de Praia Grande, o que reforça a necessidade de higiene entre os presos que compartilham o mesmo ambiente, e partilham utensílios.

Os presos também se manifestaram através de uma carta que data de 11 de fevereiro de 2020, na qual relatam a alimentação precarizada, onde comem pouco e chegam a ficar diversos dias sem feijão em suas refeições, bem como recebendo arroz em bloco e um punhado de mistura mal passada. Esses presos também ficam sem acesso a medicamentos básicos e aqueles trazidos por parentes não chegam a eles, pois são confiscados por funcionários do presidio que alegam a necessidade de receita. Na carta, os detentos indagam “Pensem vocês como teríamos RECEITA, se ESTAMOS PRESOS e não passamos por médicos? Parece piada, já tivemos OBITOS nesta unidade. ”

O descaso do Estado com a estrutura da penitenciária, e por tanto com a vida e saúde dos presos, escancara a negligencia com que se trata a vida dessas pessoas que vivem condições subumanas, em celas super lotadas e sem as mínimas condições de higiene, como é o caso da penitenciaria em questão, onde segundo a SAP-SP (Secretaria de Administração Penitenciária do Estado de São Paulo) possui capacidade máxima para 1.640 presos, mas que atualmente comporta 2.139 presos, segundo atualização de 26 de março.

Estes presos não têm direito a quarentena, isolamento e menos ainda atendimento médico, algo que presos como Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados seguem tendo amplo acesso, um exemplo disso é o fato de que o mesmo, teve nesta quinta-feira (26) sua prisão preventiva substituída por prisão domiciliar com monitoramento, por ser considerado como grupo de risco.

Imagem: Alma Preta

 
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