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CORONAVÍRUS
Mais de 450 trabalhadores do Ragazzo são demitidos em meio a Pandemia do Coronavírus
Redação

Nesta sexta-feira (27), recebemos uma denúncia anônima de um trabalhador do Ragazzo de São Bernardo do Campo que disse que circula no whatsapp da empresa uma lista de mais de 450 funcionários demitidos, entre eles lideres e uma grande maioria de operadores de caixa. Ragazzo que é uma empresa do grupo Habib’s anunciou que fecharia suas lojas devido ao Covid-19, mas de fato, os funcionários estão sendo demitidos e outros realocados, mais uma demonstração de que os lucros estão acima da vidas de seus trabalhadores.

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Nesta sexta-feira (27) recebemos outra denuncia dos patrões querendo descarregar a crise do coronavírus nas costas dos trabalhadores. Para os funcionários do Ragazzo, do grupo Habib’s, não houve quarentena. Somente demissões e realocações para os que tiveram suas lojas fechadas. O trabalhador que não quis se identificar denunciou ainda que não há nenhuma medida especial de higienização dos restaurantes.

Não podemos esquecer que o Grupo Habib’s foi um verdadeiro entusiasta do golpe institucional em 2016, defendendo abertamente a intervenção imperialista no país a serviço de aumentar as taxas de exploração da classe trabalhadora.

Apoiou todo o projeto econômico do golpe que beneficiava os patrões e atacava os trabalhadores, como a Reforma Trabalhista e da Previdência e não atoa é um grande apoiador do governo de Bolsonaro.

Em 2018, o dono do Habib’s em entrevista pra Jovem Pan, Antônio Alberto Saraiva dizia que a ideia de que os patrões exploram os trabalhadores seria um "pensamento retrógrado". Mas que isso "não existe". E que os trabalhadores deveriam "torcer pro patrão". Pois "cada um exerce a sua função", mas que "somos todos brasileiros".

Esse discurso é claramente a narrativa que a classe dominante utiliza pra não assumir todos os crimes que cometem contra a classe trabalhadora e as vidas humanas. Com uma empresa com mais de 20 mil funcionárias e que atende cerca de 200 milhões de clientes por ano, vendendo 600 milhões de esfirras todos os anos, os lucros exorbitantes adquiridos em nome de pagar salários de miséria aos seus funcionários, não é utilizado nem mesmo para garantir a testagem de seus funcionários, a quarentena daqueles que pertencem aos grupos de risco ou inclusive a garantir suas condições para enfrentar esse momento de pandemia.

Nós do Esquerda Diário repudiamos as demissões que ocorrem hoje no Grupo Habib’s e demais empresas de FastFood. E nos colocamos ao lado dos trabalhadores na sua luta pela liberação com remuneração de todos os que pertencem ao grupo de risco e na garantia de seus empregos. Ao mesmo tempo, fazemos um chamado aos trabalhadores a tornarem essa indignação com a tentativa dos patrões de descarregarem a crise nas nossas costas em uma mobilização para que os governos garantam testes massivos para que possamos garantir um controle sobre o lastro do vírus, e dessa forma, organizar quarentenas racionais que permita salvar milhares de vidas. É preciso que nos organizemos para dar uma resposta a altura desta crise, que façamos com que os capitalistas paguem por ela e que nossas vidas estejam acima dos seus lucros.

 
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