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USP
“Não tenho computador nem wi-fi, e a USP está exigindo aulas online”
Faísca USP

Estudantes de diversos cursos da USP estão tendo que realizar atividades e assistir aulas online. Isso não é uma opção viável para todos os estudantes, muitos não têm acesso à internet, nem computador. Essa medida somente reforça o caráter elitista e excludente da Universidade.

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Desde a semana passada as aulas da Universidade de São Paulo (USP), foram suspensas por conta da pandemia do coronavírus. Apesar dos trabalhadores da Universidade não terem sido igualmente liberados e seguirem correndo riscos, as atividades presenciais foram suspensas e muitas faculdades, instruídos pela reitoria, continuaram passando atividades avaliativas, dando aulas online e cobrando presença, enviando matéria e conteúdo das disciplinas para os estudantes realizarem e assistirem tudo via internet.

Stefanie, estudante do curso de Letras da USP, grava relato pessoal sobre as dificuldades que vem tendo com as aulas a distância.

Essa medida somente reforça o caráter elitista da Universidade, já que muitos dos estudantes não possuem acesso à internet, equipamentos adequados para realização de trabalhos, prova e acompanhamento das disciplinas via online, e dependem dos serviços da própria Universidade como as salas pró-aluno, com computadores e internet fornecidos aos estudantes. Ainda mais os estudantes que são moradores do Conjunto Residencial da USP (CRUSP), que nas últimas semanas está com falta de água, além de não contar com acesso à internet.

Querem instituir aulas a distância em um curso presencial, dando abertura inclusive para precarização do ensino. O que impedirá que invistam no modelo EaD após a crise do coronavírus que segue sem perspectiva e prazos das atividades presenciais?

Frente a isso, docentes e estudantes vêm se posicionando contrariamente à manutenção das aulas online e exigindo que a Faculdade interrompa esse processo excludente e injusto e abra um processo de diálogo amplo sobre como lidar com a pandemia e os efeitos dela sobre nosso curso.

Nós, da Faísca, junto com estudantes independentes, estamos no Centro Acadêmico da Letras (CAELL) e da Faculdade de Educação (CAPPF) e fizemos um abaixo-assinado exigindo a suspensão das aulas e atividades onlines, cobrando posicionamento da diretoria da FFLCH. Além disso, estamos recebendo depoimentos, áudios, vídeos e telefonemas relatando as dificuldades que os estudantes têm sofrido com as aulas a distância, a fim de organizar todos os estudantes, em conjunto com professores e funcionários, contra essa medida excludente.

É preciso que todos os Centro Acadêmicos e o DCE da USP, hoje dirigido pela juventude do PT, Levante Popular da Juventude e UJS, exijam da reitoria um posicionamento contrário à continuidade do semestre via aulas online.

 
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