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Frigoríficos negligenciam milhares de trabalhadores e os expõem ao coronavírus
Redação

A pandemia chegou a Chapecó. Mas quase nada está sendo feito pelas indústrias. O maior frigorífico brasileiro de abates suínos, a unidade 1 do frigorífico Aurora, fica localizado na principal cidade da região Oeste de Santa Catarina.

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Ao longo do dia, 5,5 mil trabalhadores chegam em grandes grupos, oriundos dos bairros periféricos e de 20 pequenos municípios da região. São transportados por dezenas de ônibus, sempre lotados, sempre com pressa, de olho no relógio, nas metas e nos prazos.

O maior frigorífico brasileiro de abates suínos, a unidade 1 do frigorífico Aurora, fica localizado em Chapecó, principal cidade da região Oeste de Santa Catarina.

A rotina é cansativa e arriscada, envolve equipamentos de corte, materiais sensíveis, regras de segurança. Sempre foi assim, estão acostumados. Mas no momento há uma nova preocupação: uma pandemia. Aqui, do jeito que estão trabalhando, é impossível implantar protocolos de segurança que garantam a proteção contra o coronavírus.

É totalmente irresponsável, que os trabalhadores sejam colocados a condições ultra precárias frente ao coronavírus e tenham que arriscar suas vidas correndo risco de contrair o vírus.

A pandemia chegou a Chapecó. Mas quase nada está sendo feito pelas indústrias. O Covid-19 dissemina medo e angústia entre os trabalhadores, que imploram pela redução do ritmo e por medidas de proteção. Sob o risco de contaminação generalizada, os trabalhadores acusam a empresa de se preocupar apenas em manter a produção.

Uma trabalhadora conta, que tem um filho em casa isolado, porque é do grupo de risco, não foi liberada e é obrigada a trabalhar todos os dias. “Eu estou desesperada, não sei o que fazer. Eu tenho medo de contaminar meu filho”, relata ela.

A Aurora distribuiu um áudio dizendo que "segue as recomendações do Ministério da Saúde e está desinfectando ônibus e locais de trabalho, além de verificar a temperatura dos trabalhadores, ainda recomenda que os funcionários não se aglomerem e mantenham distância de um metro entre si".

O que é bem hipócrita visto que a própria empresa está aglomerando pessoas sem máscaras de proteção e a menos de um metro de distância, conforme imagens e relatos, captadas por trabalhadores no dia 23 de março de 2020, após o próprio comunicado da empresa.

É de extrema importância que os trabalhadores tenham condição de proteger a saúde deles com os equipamentos necessários, os mesmos devem decidir se se mantém ou não a produção, as escalas e horas de trabalho, o afastamento daqueles que estão no grupo de risco, os trabalhadores que não são do grupo, caso sejam afastados, que 100% do salário seja garantido e direitos também.

 
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