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Taxa de feminicídio aumenta com o isolamento social causado pelo COVID-19
Redação

A ONU Mulheres lançou na quarta-feira o documento "COVID-19 na América Latina e no Caribe: como incorporar mulheres e igualdade de gênero na gestão da resposta à crise". Mas o porquê se faz necessário em meio a uma crise pandêmica falar sobre gênero?

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Dentro de uma crise mundial por causa do Covid-19, a questão que mais aparece é de como evitar a contaminação. O que os países pelo globo vêm adotando por recomendações da OMS é o afastamento social e quarentena. Essas medidas conjuntamente com massivos testes têm conseguido diminuir o número de contaminados na Coreia do Sul.

O tensionamento da população em geral em conseguir que as pessoas em grupo de risco não possuam contato com o vírus é mais que claro, muitas vezes indo de encontro com muitas empresas e governos, que negaram e negam a gravidade vivida pelo mundo, os obrigando a trabalhar em condições precárias sem proteção.

Por exemplo na Itália, que rapidamente declarou quarentena por todo território, mas que alguns setores como indústrias e entregadores de deliverys não pararam, estes últimos por não ter vínculo empregatício não possuem garantia de direitos, mas ambos fizeram ações o direito pela vida. E que a quantidade de hospitais não deu conta do número de pessoas que precisavam de cuidados, porém o que devo ressaltar aqui o serviço prestado chegou a um nível de desgaste demonstrado por uma enfermeira italiana na última semana.

Tendo esses pontos levantados, voltemos a América Latina. Essa região, como as outras, em boa parte já e vem aderindo as recomendações da OMS. Sendo assim a população está sendo orientada a ficar em casa. Mas o que muitos esquecem é que para as mulheres latinas ficar em casa é não ficar sujeitas ao corona vírus, porém continuam e aumentam o seu risco de vida, segundo a ONU Mulheres.

O que está colocado as mulheres latinas em risco de vida possui nome e estatística, chama-se feminicídio. Em 2018 a ONU Mulheres publicou um relatório que declara que a América Latina é a o local mais perigoso para as mulheres no mundo. Onde são cometidos 9 feminicídios diários e o relatório atual estima que o número pode subir tendo em vista que os atritos em casa podem aumentar.

As mulheres no Brasil

No Brasil as mulheres são linha de frente contra o Covid-19, pois entre o número de mulheres que trabalham na Secretária de Saúde é mais que o dobro que homens, fora os setores privados. Sendo assim, as mulheres são os corpos que estão em contínua batalha contra o vírus, nos hospitais arriscam suas vidas para garantir os diagnósticos e os tratamentos, que farão e fazem plantões consecutivos para a garantia de atendimento.

Como se isso não bastasse, elas estão submetidas não só ao medo de contrair o vírus, mas também na possibilidade de ser mais uma que morre por ser o que é, mulher. Enquanto na América Latina o índice é de 9 mortes, o Brasil é maior número de casos com 3 casos de feminicídios por dia.

Dentro do sistema capitalista, que se utiliza do machismo e da misoginia para oprimir e liquidar mulheres todos os dias, as mulheres da classe trabalhadoras são as que sofrem mais. Pois por serem mulheres, recebem menos que os homens. Por serem mulheres, estão sujeitas a dupla jornada de trabalho. Por serem mulheres, elas são obrigadas a carregarem para si os trabalhos não remunerados.

Por estarem nessa condição que devemos lutar pelo fim desse sistema opressor. Para que as mulheres da classe operária não sejam mais oprimidas e mortas cotidianamente, e por ser da classe que tudo produzir, a elas tudo devem pertencer.

 
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