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CORONAVÍRUS
Argélia usa o surto de coronavírus para proibir manifestações contra o governo
La Izquierda Diario

Após quinta morte pela doença, governo proíbe manifestações. O movimento popular não poderá se manifestar essa sexta-feira.

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Os protestos foram suspensos no país, à medida que o número de casos do COVID-19 continua aumentando.

O novo presidente da Argélia proibiu protestos e marchas em resposta aos temores do coronavírus, em um país que foi sacudido por um movimento de protesto sem precedentes, que se voltou contra o ex-ditador Adelaziz Bouteflika, mantendo-se por mais de um ano contra o governo e a liderança militar.

"A propagação da epidemia é um problema de segurança e saúde nacional, que restringe temporariamente certas liberdades", disse o atual presidente Abdelmadjid Tebboune em um discurso televisionado anunciando a proibição de todas as manifestações "independentemente da forma ou natureza".

Uma declaração do ministério disse que um homem de 50 anos da província de Blida, ao sul de Argel, morreu devido ao vírus altamente contagioso, tornando-o o quinto naquele país.

Até agora, o país do norte da África registrou 60 casos da doença COVID-19, incluindo um número total de cinco mortes confirmadas, segundo dados oficiais.

A Argélia foi atingida por mais de um ano de protestos desde que o antigo presidente Abdelaziz Bouteflika anunciou uma candidatura ao quinto mandato em fevereiro do ano passado.

Ele deixou o cargo devido à pressão das ruas e do exército em abril, mas os manifestantes continuaram a organizar manifestações em massa exigindo reformas radicais do sistema político.

A Argélia teve seu primeiro caso relatado na semana passada, quando um homem de 67 anos com doença cardíaca morreu do vírus, disse o diretor geral do ministério, Djamel Fourar, a repórteres.

A segunda morte foi de um argelino de 55 anos que voltou da França para casa. Outros pacientes incluíram dois argelinos que estiveram na França.

Dezessete membros da mesma família em Blida, a sudoeste da capital, foram infectados pelo vírus, em conexão com casos confirmados entre argelinos que moram na França.

Os argelinos que retornam de países com altas taxas de infecção foram instados pelo Ministério da Saúde a adiar "as visitas da família, a menos que seja absolutamente necessário".

O presidente Abdelmadjid Tebboune, por sua vez, ordenou o fechamento de todas as escolas argelinas de quinta-feira a 5 de abril, disse seu gabinete.

A Argélia foi atingida por mais de um ano de protestos desde que o antigo presidente Abdelaziz Bouteflika anunciou uma candidatura ao quinto mandato em fevereiro do ano passado. Ele deixou o cargo sob pressão das ruas e do exército em abril, mas os manifestantes continuaram a organizar manifestações em massa exigindo reformas radicais.

No mês passado, a Polícia da Argélia usou canhões de água para reprimir os manifestantes que comemoravam o primeiro aniversário do movimento de protesto em massa que forçou a demissão de Bouteflika e continua buscando uma mudança profunda do sistema político que neste contexto de pandemia global é necessária para evitar a catástrofe que o coronavírus causaria se se espalhasse pela África.

 
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