A Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), a Universidade Estadual da Paraíba e o Instituto Federal da Paraíba (IFPB), assim como os professores dos colégios paralisaram suas atividades por decisão política de suas assembleias de base. A paralisação estava sendo construída desde bem antes que os insuficientes anúncios da prefeitura para prevenir o COVID-19.
Numa situação política e sanitária complexa puderam ser mantidas algumas iniciativas políticas da greve, mesmo tendo sido adiado os atos planejados e panfletagens.
No início da jornada, a partir das 09:30 horas, na sede da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Campina Grande (ADUFCG), foi realizada uma Live onde o conjunto das entidades de educação da cidade apresentaram as razões da greve. A pauta da greve foi a seguinte:
1. Em defesa da educação pública e gratuita;
2. Pela revogação da MP 914 (Medida Provisória), contra as intervenções nas IES e em defesa da autonomia e da democracia nas instituições;
3. Pela imediata recomposição do orçamento das Universidades, IFE e CEFET;
4. Pela imediata liberação dos concursos públicos;
5. Pelo direito à capacitação e qualificação docente;
6. Pela recomposição do orçamento da Ciência e Tecnologia Públicas e da CAPES e CNPQ;
7. Contra os programas Future-se e Novos Caminhos;
8. Para barrar os sucessivos ataques aos direitos sociais, trabalhistas e previdenciários das trabalhadoras e trabalhadores;
9. Pela revogação da EC 95.
Durante toda a manhã na UFCG circulou um carro de som, exigindo da reitoria questões básicas para a prevenção do coronavírus na UFCG, como expusemos nesta matéria.
Também, desta vez organizado pelo Comitê em Defesa dos Direitos dos Trabalhadores e Trabalhadoras e pelas Liberdades Democráticas da cidade, que agrupa diferentes sindicatos classistas, o carro de som circulou pelo centro da cidade expondo as razões da greve.
As 20:30 horas realizou-se um “barulhaço” convocado pela Associação Nacional dos Docentes de Ensino Superior (ANDES-SN) e demais setores da educação, com a pauta da greve da educação e com independência política.
O mais importante é que num contexto em que se aprofundaram as medidas restritivas em relação a pandemia do coronavírus se conseguiu manter a iniciativa política e a luta.
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