A crise sanitária a nível mundial causada pelo coronavírus começa a anunciar um pesadelo para a população trabalhadora, com uma grande quantidade de empresas parando sua produção de forma total ou a reduzindo drasticamente, fazendo com que os trabalhadores paguem por meio de lei que permitem suspender o trabalho, demissões ou rebaixamento salariais e aplicando férias compulsivas. Entretanto, os abutres capitalistas sempre fazem negócios até em uma pandemia mundial. Quais são as empresas que mais se beneficiam neste momento?

Empresas farmacêuticas

São as grandes beneficias e que vão sacar uma grande fatia da situação. Já existem várias farmacêuticas que competem por uma vacina para o COVID-19. Estas empresas estão tendo subidas espetaculares na bolsa ao anunciar que alguns dos medicamentos que produzem (ao curto da redobrada exploração de seus trabalhadores e trabalhadoras). É por isso que essas empresas como Aytu BioScience tem conseguido um incremento no preço de suas ações de 80%, mesmo depois de que no mês de janeiro perderam 25% do valor. Um exemplo entre muitos.

Empresas de artigos de higiene

Outras das grandes ganhadoras nos dias de hoje, devido ao pânico e a histeria coletiva que tem provocado o vírus na sociedade. As pessoas não fazem mais que comprar produtos como papel higiênico ou desinfetantes de mãos (como álcool em gel).

Plataformas online de entretenimento

Estamos vendo como plataformas do estilo HBO, Amazon ou Movistar+ oferecem seus serviços gratuitamente à população para "amenizar" o confinamento. Ao contrário da Netflix, os quais nem sequer tem considerado esta possibilidade. Porém, ainda que tentem mascarar sob uma máscara de benfeitora e responsável, não podemos esquecer que os trabalhadores da Amazon possuem condições trabalhistas horríveis, com salários lamentáveis que, no Estado Espanhol, levaram a planta a sucessivas greves contra a empresa do multimilionário Jeff Bezos.

Empresas de entrega em casa

Rappi ou Ifood parece que podem conseguir um aumento de seus lucros devido ao aumento de pedidos em casa. Entretanto, todo aquele que tem memória, pode lembrar do entregador da Rappi que morreu em decorrência de um mal súbito enquanto realizava uma entrega e a empresa não prestou qualquer tipo de apoio. São várias revoltas que surgiram pelas péssimas condições de trabalho. Hoje, o cansaço e exploração se soma ao risco do contágio.

Nossas vidas valem mais que seus lucros

Então, parece que a pesar da grande crise sanitária na qual nos vemos envoltos, nem tudo são más noticias para os que lucram com a situação. É mais seguro que estejam celebrando a situação na qual nos encontramos, enchendo seus bolsos mais e mais a custa dos e das trabalhadoras.

É o momento de entrarmos em ação e dizer basta às empresas capitalistas, exigindo que sejam colocadas sob controle operário e a serviço do povo trabalhador nesta crise. Junto disso, lutar contra qualquer tipo de demissão ou retirada de direitos trabalhistas.