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PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO
Aumentando a exploração, Rappi lança entrega de produtos de "shopping online"
Redação

A colombiana Rappi pretende atualizar a superexploração no Brasil nesta semana. A empresa quer oferecer aos usuários o Rappi Mall, um serviço para criar um "shopping center" online, com entregas feitas em até uma hora.

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A ideia é que já nasça com mais de 50 parceiros, com marcas como Fast Shop, Decathlon, Saraiva e L’Occitane.

Segundo o Estadão, Eduardo Sodero, diretor da Rappi no Brasil, deixa claro que não se importa com o batalhão de jovens entregadores, dizendo que: "Muitas marcas oferecem entregas em até 24 horas, mas queremos fazer tudo em uma hora". Essa atualização vai começar em São Paulo, mas a ideia da Rappi é que ela consiga cobrir todas as 60 cidades do País em que a empresa atua. E ainda deixa bem claro quais são os pilares de exploração que sustentam a atualização da entrega por aplicativo: os entregadores e os vendedores das lojas físicas.

Sodero afirma que os vendedores estariam realizando dupla função, como já realizam com o sistema de vendas e entregas por app: "Eles ficam numa fila, para atender tanto a quem entra na loja como os pedidos que chegam no tablet, e podem inclusive fazer sugestões pelo aplicativo. Se o consumidor busca uma bermuda, o vendedor pode sugerir uma camiseta que combina". Ou seja, o vendedor atenderia quem chega fisicamente na loja e os pedidos que chegam no aplicativo.

E ainda não tem vergonha de dizer que faz isso para priorizar os lucros do e-commerce: "Muitas pesquisas mostram que alguns consumidores deixam de comprar online por conta do tempo e do custo da entrega". Para "resolver" isso, que descarregar nos 200 mil entregadores da companhia no País, quem assina o Rappi Prime isenta do pagamento de taxas de entrega por R$ 19,90 ao mês. Sabemos que isso significa uma maior exploração de trabalho. A previsão da Rappi é ter mil parceiros da exploração até o fim do ano.

Cada vez mais fica explícito o plano dos grandes empresários de explorar ao máximo a classe trabalhadora para manter seus lucros, e a crise mundial do Coronavírus mostra também como é a classe trabalhadora quem mais é afetada pela miséria capitalista. Nos EUA, um trabalhador, por exemplo, precisa de US$ 1000 para saber se tem o vírus ou não. Na Itália, apesar de ser decretada quarentena, fábricas continuaram funcionando, o que gerou inclusive manifestações de trabalhadores reivindicando sua saúde e falando que não são "carne para abate".

Essa realidade de expor os mais pobres ao vírus enquanto o governo não dá nenhuma saída consequente à classe trabalhadora, como o direito básico de não ser demitido se contrair o vírus, está diretamente com a precarização do trabalho que o rappi está levando cada vez mais em frente, pois mostra como os ricos vão ter os melhores tratamentos médicos, parar de trabalhar quando quiser, enquanto os pobres são submetidos às piores condições, tendo que pedalar 12h por dia em cima de uma bicicleta para ganhar seu salário por dia. Não podemos aceitar essa realidade de miséria para as nossas vidas!

Veja mais: Quais medidas tomar contra o coronavírus, para que os trabalhadores não paguem pela crise?

 
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