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TERRAS INDÍGENAS
A mando da construtora Tenda, polícia de Doria desocupa acampamento indígena em mata nativa
Redação

Logo pela manhã um amplo aparato policial foi deslocado por Doria para assegurar a retirada dos indígenas de um terreno da construtora localizado próximo a terras indígenas. Depois de resistência dos indígenas ao longo do dia, a PM conclui sua retirada.

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Interessada em construir um empreendimento imobiliário ao lado de terras indígenas, a construtora Tenda conseguiu uma ordem de reintegração de posse dada pela juíza Maria Claudia Bedotti, da 4.ª Vara Cível do Foro Regional da Lapa, no terreno onde pretende construir os prédios, terreno ocupado pelos índios em protesto.

“Não dá para ter esse empreendimento aqui, porque existe um impacto muito grande que coloca um risco para nós”, diz o líder indígena Thiago Henrique Karai Djekupe.

Os índios querem que seja construído um parque ecológico na região, que fica na zona norte de São Paulo próximo as terras indígenas do Jaraguá. Alegando um grande impacto ambiental que afetaria a vida dos Guaranis, os índios desafiam os interesses da construtora Tenda que responde com autoritarismo apoiada pelo judiciário, o governo de São Paulo e a Polícia Militar.

Alguns recursos estão sendo tentados para adiar a reintegração. Depois da PM dar um prazo até as 15h para os índios saírem do terreno, um acordo foi realizado e os índios ficarão acampados na calçada em frente ao local. Nem o Ibama autorizou ainda a construção desse empreendimento, estamos acompanhando atentos no Esquerda Diário o absurdo promovido pela Polícia Militar e o Governo de São Paulo.

Esse episódio mostra como o Governo Doria e o judiciário paulista vivem sob as ordens das grandes construtoras, promovendo um desenvolvimento desordenado da cidade, afetando o meio ambiente e a qualidade de vida da população. O lucro das construtoras é a prioridade número 1 do governo, enquanto o déficit habitacional da cidade é alarmante. Para ter um desenvolvimento sustentável e organizado da cidade, é preciso que os trabalhadores controlem a política urbana e as construtoras. Todas precisam ser estatizadas sob controle dos trabalhadores, para que de forma democrática possamos decidir o que é prioridade para a população, acabando com a farra dos empresários que direcionam a cidade de acordo com seus lucros.

Fotos por: Bárbara Muniz Vieira, G1 SP

 
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