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PIBINHO
Menor avanço do PIB nos últimos 3 anos mostra fracasso da agenda de ataques aos trabalhadores
Redação

O IBGE divulgou o resultado do PIB de 2019. Enquanto o mercado financeiro previa a retomada do crescimento num patamar de 2,5%, a partir da reforma da previdência e de outros ataques de Guedes e Bolsonaro, a amarga realidade demonstrou a falácia dessa agenda com um decepcionante resultado de 1,1%.

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Em 17 de março de 2019, neste artigo, apontávamos que a previsão do mercado para o crescimento da economia brasileira em 2019 acabava de baixar de 2,48% para 2,28%. Nada foi tão bom como esperado pelas mãos visíveis do mercado.

O resultado do PIB de 2019 é menos da metade do projetado inicialmente. Em dezembro de 2018, às vésperas da posse do presidente Jair Bolsonaro, com o mercado financeiro entusiasmado com a eleição do presidente de extrema-direita, renovaram a aposta na retomada e projetaram crescimento de 2,55%.

Foi o terceiro ano seguido de fraco crescimento da economia brasileira. Em 2017 e em 2018, a primeira divulgação do PIB mostrou expansão de 1,1%. Posteriormente, os dados foram revisados para 1,3%. Em 2015 e 2016, houve queda no PIB.

Ministério da Economia vê ’melhora substancial’, a pergunta é: para quem?

Em nota informativa para comentar o resultado do PIB em 2019, o Ministério da Economia teve a cara de pau de alegar que a composição do PIB indica uma "melhora substancial", com "aumento consistente do crescimento do PIB privado e do investimento privado". Não poderia ser mais propagandístico.

Enquanto isso a amarga realidade dos trabalhadores brasileiros é a da persistência do desemprego - um total de 11,9 milhões de trabalhadores ainda desempregados. Como vemos, este mísero crescimento foi insuficiente para produzir uma quantidade satisfatória de empregos com carteira assinada. Pelo contrário o que vemos é o avanço da precarização do trabalho com recordes de informalidade por todo o país.

Esse mísero crescimento apenas beneficiou os colegas do mercado financeiro de Paulo Guedes, com mais uma vez, mesmo num cenário de estagnação os bancos tendo lucros recordes. As 5 maiores instituições financeiras do país (3 privadas e duas estatais) tiveram alta de 30,3% nos ganhos em 2019 em comparação com 2018. No ano passado, o rendimento dos bancos chegou ao total de R$ 108,019 milhões frente a R$ 82,902 milhões do ano anterior. Outro exemplo, o BTG, banco fundado pelo Paulo Guedes, teve lucro líquido de R$ 3,833 bilhões no acumulado de 2019.

Esse é o contraste que se acentua sob a batuta da agenda neoliberal de Guedes e Bolsonaro. Enquanto aqueles que podem especular com o dólar alto, desfrutam desse mínimo crescimento engordando seus lucros, o restante da população sofre com o arrocho de suas condições de vida, promovidos pelos ataques à classe trabalhadora. As reformas longe de promoverem o crescimento do país segue nos aprisionando nessa estagnação econômica, onde os únicos setores que ganham são dos capitalistas mais alinhados a política econômica neoliberal.

 
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