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PRIVATIZAÇÕES
Provocando petroleiros, Petrobras anuncia venda de 2 campos de petróleo e 1 fábrica
Redação

Enquanto negocia com os sindicatos o destino das centenas de trabalhadores da Fafen/PR, a Petrobras, numa provocação aos petroleiros, anunciou o andamento de uma série de privatizações e vendas de suas unidades e de campos de petróleo.

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No mesmo dia em que sentou para negociar as demissões da Fafen/PR com a cumplicidade do mesmo TST que criminalizou de todas as formas a histórica greve dos petroleiros, a Petrobras divulgou nesta quinta-feira, 27, o início do processo de venda dos campos de Merluza e Lagosta na Baía de Santos, da Unidade Fertilizantes Nitrogenados III (UFN III), localizada em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul e da Gaspetro.

Apesar do histórico enfrentamento dos petroleiros aos planos entreguistas da Petrobras, em que por 20 dias a categoria mostrou o caminho da resistência a sanha privatista de Bolsonaro e Guedes, a atuação das direções sindicais, através da FUP e da FNP, isolaram e frearam o que poderia vir a ser uma contestação ainda maior desses planos de privatização. Agora numa provocação, a empresa anuncia novos planos de entrega.

Veja mais: Balanço da grande greve petroleira e perspectivas da nossa luta

Nos campos de Merluza e Lagosta, a Petrobras deve vender a totalidade de sua participação. Esses campos tem produção de gás natural e condensado, atingindo em 2019 a média de 3,6 mil barris de óleo por dia. Além de toda essa produção, o campo de Merluza ainda desempenha uma função estratégica, por concentrar a logística de escoamento da produção de outros campos, que são escoados por gasoduto conectado a plataforma fixa de merluza. Existia até o projeto de conectá-lo aos campos do pré-sal, tal como já acontece com o campo de Mexilhão. Dessa forma, colocam nas mãos do imperialismo uma parte crucial da exploração do pré-sal.

A UFN III, que começou a ser construída em 2011, após sua conclusão (que será de responsabilidade do comprador) terá capacidade de produção de ureia e amônia de 3,6 mil toneladas por dia e 2,2 mil toneladas por dia, respectivamente.

Já a Gaspetro, empresa societária em diversas companhias distribuidoras de gás natural do país, era uma subsidiária integral da Petrobras até 2015, quando teve 49% de suas ações vendidas a japonesa Mitsui. Agora os 51% restante deve ser vendidos a mesma empresa.

Essas ações são parte da continuidade do processo de desmonte da estatal e avanço do imperialismo no Brasil. Processo esse que teve seu grande aprofundamento com o golpe de 2016 e foi o principal motivador da forte greve dos petroleiros que durou 20 dias, contra o fechamento e demissão de 1000 trabalhadores da FAFEN-PR (Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados).

Somente a força dos petroleiros, em unidade com toda a classe trabalhadora é capaz de se contrapor ao avanço da privatização e os ataques do imperialismo e da direita. Para isso, é necessário tirar as lições da fortíssima greve de petroleiros, como melhor desenvolvemos aqui

 
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