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PETROBRAS
O preço que o brasileiro paga pelos combustíveis é porque Bolsonaro quer privatizar a Petrobras
Gabriella Novais
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O brasileiro tem pagado cada vez mais caro no gás de cozinha e na gasolina. Há lugares em que chega a custar 90 reais um botijão e 5 reais o litro da gasolina. O aumento de preços de produtos tão essenciais no cotidianos, tem impactado diretamente a qualidade de vida dos trabalhadores e da população. Aumentou, por exemplo, o número dos acidentes domésticos com fogões a lenha, devido a impossibilidade de se pagar tanto por um botijão.

Essa semana, petroleiros em greve têm vendido gás a R$38 ou R$40, o verdadeiro custo que deveríamos pagar por eles. Então por que estamos pagando tão caro?

Não é um projeto novo a privatização da Petrobras. Desde os governos do PT e PSDB, os preços vêm aumentando e tem se entregado uma porcentagem cada vez maior da empresa estatal à iniciativa privada e imperialista. O aumento progressivo dos preços dos produtos derivados do petróleo está diretamente ligado ao projeto de privatização que o governo Bolsonaro e seu ministro Paulo Guedes vem aprofundando a passos largos, cumprindo a agenda de privatizações prometida por eles. Explicamos.

No governo golpista de Temer, foi aprovado que os preços dos combustíveis variassem de acordo com a cotação internacional do petróleo e de acordo com a cotação do dólar para que se siga o plano de entrega das refinarias e terminais brasileiros para o imperialismo. Tornando, assim, que a alta dos preços seja sistemática e se iguale aos de países grandes potências; acenando, então, para que as empresas imperialistas venham participar do mercado brasileiro e assim a privatização se torne possível e lucrativa para elas. Isso não seria possível se os preços dos produtos como gasolina, diesel e o importante gás de cozinha estivessem justos e acessíveis à população.

O Brasil possui um parque de refino, o qual daria conta do suprimento de todas as necessidades nacionais. No entanto, para dar continuidade ao nefasto plano de seguimento variável dos preços internacionais, tomam a decisão consciente de não utilizar toda a sua capacidade de refino. Ainda, a maioria das refinarias brasileiras trabalha com apenas 50% de sua carga, abrindo, assim, espaço para importação do petróleo que poderia, perfeitamente, ser extraído no próprio país, resultando em preços mais baixos.

Logo, aumentar o valor é, não só desnecessário, é ainda mais uma maneira de fazer com que a classe trabalhadora pague pelo aumento dos lucros das grandes empresas internacionais financiadoras do golpe institucional, mas uma política consciente a caminho da privatização dessa estatal por empresas como a Shell que em 2019 lucrou 9% a mais, um total de US$ 6,08 bilhões no 3º trimestre, apenas no 3º trimestre ou a Exxon-Chevron cujo lucro subiu 26% no segundo trimestre de 2019, US$ 4,30 bilhões, segundo dados da revista Valor.

Para combater os preços e que não seja o povo brasileiro que pague, mais uma vez, pela crise capitalista e pela manutenção dos lucros dessas empresas, para combater o aumento abusivo dos produtos derivados dos combustíveis tão essenciais para a sobrevivência, é necessário apoiar a greve dos petroleiros. Defendemos a luta contra a política privatista e entreguista desse governo, levantando uma resposta: a de que todos os recursos sejam da Petrobras, que ela seja 100% estatal e que seja democraticamente gerida e administrada pelos trabalhadores e pela população. Que garanta total transparência em suas transações combatendo, também, a corrupção; e que as riquezas produzidas estejam a serviço do povo brasileiro e de suas necessidades. E para que não reste para o Brasil, onde são explorados os recursos naturais por trabalhadores brasileiros, apenas o impacto ambiental e preços abusivamente altos.

 
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