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RACISMO
Witzel discursa em evento da ONU comparando sua política de repressão nas favelas com o combate ao nazismo
Redação Rio de Janeiro

Não terminamos o primeiro mês do ano e já são 368 operações policiais nas favelas e periferias do Rio de Janeiro. Dessas 368 operações policiais, cinco crianças tiveram suas vidas marcada pelo racismo estrutural que cotidianamente mata negros e pobres. Nessa semana, Witzel compareceu no evento organizado pela ONU pelo aniversário de 75 anos da liberação do campo de extermínio de Auschwitz e discursou demonstrando todo seu ódio contra a favela ao comparar sua política de repressão com o combate ao nazismo. 

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Foto: Agência O Globo

Nesta semana, Witzel compareceu no evento organizado pela ONU pelo aniversário de 75 anos da liberação do campo de extermínio de Auschwitz e discursou demonstrando todo seu ódio contra a favela ao comparar sua política de repressão com o combate ao nazismo. 

"Evidente que estamos longe do movimento nazista, mas o crime organizado se comporta como os terroristas que atacam Israel. Atiram nas vítimas inocentes, usam as comunidades como escudos humanos, oprimem a população. Nós temos um trabalho hercúleo de libertação destes povos. E não vamos parar porque, se Wiston Churchill tivesse decidido se entregar a Hitler, não sei o que seria do mundo hoje. No Rio de Janeiro, estamos sofrendo com lágrimas, mas como a Alemanha foi derrotada e o mundo venceu o nazismo, nós vamos vencer e libertar as comunidades desta saga que é o crime organizado", disse Witzel.

Com esse discurso retórico, o governador do Rio de Janeiro demonstrou-se como um claro inimigo dos trabalhadores e da juventude que moram nas favelas e periferias do Rio de Janeiro, dando carta branca para os policiais serem ainda mais assassinos e violentos em nome do "combate ao crime organizado" 

A realidade dos negros, moradores de favela, no Rio de Janeiro

Na segunda semana do ano, Anna Carolina é morta dentro de sua própria casa enquanto assistia televisão. Não terminamos o mês ainda, e já são quatro crianças assassinadas por essa política de Estado racista e assassino. O governador Witzel que a cada dia mostra seu reacionarismo e ódio ao povo pobre e negro, comemora cada ação policial e seus efeitos, assim como no ano passado que em uma operação policial no morro do Falet Fogueteiro assassinou e torturou 13 jovens em menos de 24 horas 

O governador Witzel, orgulhoso do resultado, parabenizou publicamente o comandante desse atentado. Lamentavelmente depois de Anna Carolina tivemos mais três crianças mortas por efeito das operações policiais. Nessa semana, Arthur de cinco anos foi atingido por um tiro na cabeça no seu momento de lazer com o pai no morro do São João. No morro do Adeus, dois meninos com menos de onze anos foram atingidos por tiros em operações policiais. 

As mortes dessas crianças é resultado do plano de segurança pública do governador Witzel, que não só comemora cada operação policial como uma vitória, mas também defende abertamente mais operações policiais nas favelas. Todo trabalhador e jovem morador de favela, sabe que isso na realidade são mais jovens, crianças e trabalhadores mortos pela polícia ou pelo resultado das operações policiais.

Basta de mortes por parte da polícia e do tráfico! 

Essa política de Witzel encontra respaldo na política Federal de Bolsonaro, que representa a figura da extrema direita, que conseguiu avançar com a reforma da previdência tirando dos trabalhadores e da juventude seu direito para se aposentar. Enquanto trabalhamos até morrer, os grandes capitalistas super lucram com nosso sangue e suor. A reforma da previdência assim como a reforma trabalhista são na prática condições precárias de trabalhos e da própria vida dos trabalhadores e da juventude. E mesmo com as divergências políticas entre eles, ambos são figuras da extrema direita que defende o mesmo pacote de precarização de trabalho, desemprego e violência contra a classe trabalhadora e juventude. 

Não terminamos o primeiro mês do ano e já são 368 operações policiais nas favelas e periferias do Rio de Janeiro. Dessas 368 operações policiais, cinco crianças tiveram suas vidas marcada pelo racismo estrutural que cotidianamente mata negros e pobres. 

O capitalismo nos oferece condições miseráveis de vida, seja com o aumento do desemprego que cresce cada vez mais no país, seja com o aumento da precarização dos postos de trabalho, a crise na saúde pública, os transportes públicos cada vez mais precários, a violência social e o narcotráfico, que também é parte resultante do próprio capitalismo. 

No primeiro ano do governo Witzel, famílias trabalhadoras tiveram suas crianças brutalmente assassinada por esse Estado racista e assassino. Jennifer, Agatha, Benjamin, Marcos representam o que o capitalismo tem de mais atrasado e miserável para a infância das crianças negras e pobres.

As operações policiais nas favelas não vão resolver o problema da violência no Rio de Janeiro, pelo contrário, essa política racista de extermínio a juventude pobre e negra é agente direto dessa violência. Por isso, nós do Esquerda Diário defendemos a legalização de todas as drogas, para retirar do tráfico seu enorme poder lucrativo com a criminalidade e marginalização das drogas, ao mesmo tempo que combatemos o discurso hipócrita do governo de invadir as favelas em nome do "combate às drogas". 

Toda solidariedade às famílias das vítimas da violência racista do Estado!

 
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