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RIO DE JANEIRO
Crivella rompe contrato com OSS e 5 mil trabalhadores da saúde não sabem se serão recontratados
Redação
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FOTO: Sérgio Lima/Poder360

Crivella rompeu o contrato com a OSS (Organização Social da Saúde) Viva Rio, que administra 75 unidades de saúde no Rio de Janeiro. São ao todo 5.339 funcionários, em sua maioria mulheres, que garantem o atendimento da população nos serviços de atenção primária (clínicas da família) nas áreas da zona sul, Leopoldina e Madureira, serviços de saúde mental (CAPS) e as UPAs (Unidade de Pronto Atendimento) da Rocinha e Alemão. De uma hora pra outra receberam a notícia do fim do contrato com a prefeitura e consecutivamente o inicio do processo de aviso prévio à partir do dia 21/01, sem qualquer certeza se serão recontratadas pela nova empresa pública da prefeitura, Rio Saúde, que assumirá a gestão destas unidades.

A notícia divulgada pela prefeitura sobre o fim das OSS´s, e a mudança da gestão para a empresa pública da prefeitura Rio Saúde como a garantia do fim da terceirização é uma grande falácia com os trabalhadores da saúde do Rio que vêm sofrendo com o descaso da prefeitura do Crivella, com péssimas condições de trabalho, com milhares de usuários aguardando até a morte por atendimentos especializados, com falta de insumos e medicação, e recorrentes atrasos dos salários que vem piorando, desde o ano passado, que quase deixou mais de 22 mil trabalhadores sem salario nas festas de final de ano.

Apesar do que Crivella diz na ultima entrevista sobre a substituição das OSS para a Rio Saúde não há qualquer garantia dos trabalhadores que já prestam o atendimento a população tenham seus empregos garantidos, e muito menos que não haja precarização do trabalho e os salários sejam pagos em dia. A única certeza é que a prefeitura deixará de contratar uma OSS e ela mesma sem intermediários será responsável pelo sucateamento da saúde. Inclusive trabalhadores, que em dezembro de 2019 foram absorvidos pela Rio Saúde, relatam que até o momento não possuem contrato de trabalho e estão sem vale transporte e vale refeição e não receberam os valores rescisórios referentes à demissão da OSS que trabalhavam anteriormente.

No momento o clima dos serviços de saúde é de total instabilidade, tendo os trabalhadores que cumprem um papel imprescindível, no front do cuidado e da prevenção da saúde dos trabalhadores e dos setores mais oprimidos da sociedade, sem qualquer garantia que no final desse mês ainda estarão empregados.

E este é somente um dos ataques que a prefeitura impõe aos trabalhadores da saúde do Rio, há ainda trabalhadores contratados em sua maioria pela OSS CIEDS, sem qualquer perspectiva do pagamento dos salários referentes a dezembro que deveria ter sido pagos no começo de janeiro. No momento os seguintes serviços estão sem salários: CapsAd Mané Garrincha, Caps Pedro Pellegrino, Caps Raul Seixas, Capsi Maurício de Sousa, Capsi João de Barros, Caps Fernando Diniz, CAPS Miriam Makeba, Todas as Residências Terapêuticas, Centros de Convivência, CAPS AD Paulo da Portela, UAA Metamorfose Ambulante, Consultório na rua, Clínicas de Saúde da Família do Centro do Rio, Usuarios dos serviços de saúde mental que recebem Bolsa Rio (atraso desde novembro).

Por isso, nós do Esquerda Diário que estamos desde o ano passado, nos colocamos a serviço de fortalecer a luta dos trabalhadores da saúde contra a precarização e atraso de salários, impulsionando uma campanha de cartazes em apoio a greve da saúde. Defendemos não somente o pagamento imediato dos salários, fim da terceirização e recontratação dos demitidos, como a incorporação sem concurso dos trabalhadores da saúde, que já comprovaram, alguns por anos, que tem total capacidade de trabalhar nas funções que estão e que são tão fundamentais para a população do Rio. Também é fundamental a unidade entre os trabalhadores da saúde e usuários em defesa do SUS público, gratuito e de qualidade e que os trabalhadores da saúde e os usuários possam decidir como deve ser seu funcionamento a partir da verdadeiras necessidades do povo trabalhador carioca.

 
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