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INTERNACIONAL
Bolsonaro abre escritório comercial em Jerusalém, alinhado a Trump e ao genocida Estado de Israel
Redação

Bolsonaro inaugura escritório comercial em Jerusalém como forma de se alinhar aos governos de extrema direita internacionais e busca avançar na mudança da embaixada brasileira para a cidade sagrada.

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Neste domingo (16), o governo brasileiro inaugurou um escritório comercial em Jerusalém, que está, hoje, sob domínio do Estado de Israel. Participaram da cerimônia o Primeiro Ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e Eduardo Bolsonaro.
Após discursar no evento, Eduardo Bolsonaro disse em seu Twitter que “Trata-se do primeiro passo para a transferência da embaixada [de Tel Aviv para Jerusalém]”. O Primeiro Ministro israelense também afirmou que “A abertura do escritório da Apex em Jerusalém é parte do acordado neste fortalecimento das relações entre Israel e Brasil e do compromisso do presidente Bolsonaro de abrir uma embaixada em Jerusalém no próximo ano”.

Apenas os EUA e a Guatemala possuem embaixadas em Jerusalém, rompendo o “consenso internacional” sobre o status da cidade. Internacionalmente, Jerusalém não é considerada a capital do Estado de Israel, por causa do conflito existente entre árabes e palestinos. Em 1948, a ONU assinou a divisão do território palestino e fundou o Estado de Israel após o sangrento massacre promovido pelo sionismo contra os palestinos. Jerusalém, por ser um local considerado sagrado tanto para os cristãos quanto para os muçulmanos e judeus, passa a ser um território administrado pela ONU. Em 1980, depois de um outro sangrento conflito, o Estado de Israel declara Jerusalém como sua “capital eterna e indivisível”.

A inauguração de um escritório comercial brasileiro em Jerusalém e as afirmações do governo em relação à mudança da embaixada são parte do alinhamento do governo brasileiro aos governos de extrema direita internacionais, além prestar apoio ao reacionário Estado de Israel, que promove massacres cotidianos ao povo palestino na região. Essas medidas têm impactos não só diplomáticos, mas também econômicos para o país, pois os países árabes são grandes compradores de carne e frango do Brasil.

O escritório comercial será administrado pela APEX-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), órgão vinculado ao Ministério das Relações Exteriores, e o governo brasileiro vai pagar US$ 1.600 por mês, o equivalente a R$ 6.768.

O escritório foi a alternativa encontrada por Bolsonaro para contornar os interesses do agronegócio brasileiro e ao menos sinalizar a seu aliado reacionário, Netanyahu, que busca avançar em sua pretensão de transferir a embaixada para Jerusalém. Repudiamos não só a legitimação de Jerusalém como capital de Israel, mas também a própria existência desse genocida Estado imposto pelas nações imperialistas na região como enclave de seus interesses e que perpetua cotidianamente a violência contra o povo palestino.

 
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