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REBELIÃO POPULAR NO CHILE
Chile: Nona sexta-feira de protestos maciços contra Piñera e a repressão
Redação

500.000 pessoas concentraram-se na Plaza Dignidad nesta sexta-feira. O mítico Inti-Illimani, entre outros grupos, animaram o protesto contra o governo Piñera e sua repressão brutal.

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Meio milhão de pessoas se manifestou na Plaza Dignidad, em repúdio às violações dos direitos humanos cometidas pelo governo assassino de Piñera. Somente nesta semana - onde foi comemorado o dia dos direitos humanos - três pessoas foram seriamente hospitalizadas, incluindo uma criança com menos de 15 anos em risco de vida, somadas a outras cinco que foram feridas pela repressão policial deste governo.

Esta nona sexta-feira de protesto ocorre logo após o relatório da equipe de Direitos Humanos das Nações Unidas que relatou o "uso excessivo da força", mortes, ferimentos, tortura e violência sexual pelo governo contra os manifestantes durante a rebelião popular.

A gigantesca mobilização na sexta-feira mostra que o governo não conseguiu acalmar as águas e que a situação está longe do normal, embora o fantasma da "greve geral" não tenha reaparecido como resultado da trégua que as burocracias sindicais deram ao governo.

Nesse impressionante quadro de mobilização, a Agrupación de Familiares de Ejecutados Políticoss realizou o festival do qual participaram a mítica banda Inti-Illimani, além de Los Bunkers e Illapu. Nunca antes grupos desse renome haviam tocado em um mesmo conserto de apoio a um movimento social. A Plaza Dignidad já é um local histórico, epicentro da revolta, mas também de solidariedade e resistência à repressão.

Ainda mais importante em meio à tentativa de Piñera de impor o pacote de leis anti-protesto e de perseguir quem questiona esse regime herdado da ditadura de Pinochet. Se o governo triunfar nestas leis se tornará crime passível de prisão erguer barricadas, bloqueio de estradas, acessos à ocupações de hospitais, portos, aeroportos e outros, onde os trabalhadores poderiam cortar o fluxo da economia.

Exclusivo para o La Izquierda Diario Chile, o vocalista do Inti-Illimani, Jorge Coulon, expressou sua total solidariedade a Dauno Tótoro, acusado pelo Estado de expressar em uma reunião na Universidade do Chile o sentimento de ’se vaya’ de milhões contra o governo repressor, e denunciou a perseguição política que o governo Piñera está cometendo com o inquérito escandaloso apresentado contra o jovem e que nesta sexta-feira foi aceito pelo Tribunal de Apelações.

"Deixem de besteiras e veja que o Chile mudou, que isso não será aceito", afirmou o renomado artista.

Como Coulon, vários artistas e personalidades acadêmicas, políticas e culturais expressaram sua solidariedade com o jovem líder político e em defesa da liberdade de expressão.

Enquanto o protesto cultural ainda ocorria em Santiago, estudantes da cidade mineira de Antofagasta, no norte, denunciaram o uso de bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha, que resultaram em mais de 17 pessoas feridas, e as ações das Forças Especiais que impediram a operação das comissões de socorro e resgate para atender os feridos pela repressão.

Posteriormente, as Forças Especiais usaram gás na Universidade de Antofagasta e invadiram a ocupação, um espaço levantado por estudantes universitários e secundários, onde protegem as pessoas da repressão e ajudam dezenas de feridos.

 
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